2005/12/20

 
Iremos assistir, esta noite, ao último debate televisivo da pré-campanha
eleitoral para as presidenciais. Espera-se que um dos candidatos, infrinja o acordo
estabelecido sobre as regras dos debates. E o infractor, a revelar-se, só pode ser
"el terrible Super-Mário". Não há outro capaz de fazer tal atropelo, até porque é
useiro e vezeiro neste tipo de comportamento: quando está a perder, utiliza todos
os meios para ganhar os votos da assistência. El terrible Super-Mário já disse que
sim: "com certeza que tenho uma estratégia terrível". Vamos esperar para ver...
Mas Super-Mário, ainda que não consiga o KO do adversário, vai continuar com
a pregação do terço: "é preciso mais debates", diz o candidato. O país mostra que
já fez uma opção, já está esclarecido, já passou um mês a escutar o "ouvidor", já
está cansado da conversa sobre o "papão", já não suporta mais do mesmo... mas
Super-Mário pensa que o povo quer mais pregação... Chega, basta! (Como diria
o "ouvidor" há pouco mais de um ano). Espero que "el terrible Super-Mário" seja
aconselhado por alguem, para não fazer mais chinfrineira nesta época de Natal.
Os portugueses andaram a mourejar durante um ano, agora merecem um pouco
de sossego, de paz e da alegria que nesta quadra do ano invade os nossos corações
.

A águia pesqueira chega a focar a presa a centenas de metros de distância.
Ao fazer vôo rasante sobre as águas, capta a presa e não mais a larga. Para
esta ave de rapina, tudo o que vem às garras... é peixe. Mata para viver
.


O candidato Francisco Louçã, numa visita à fábrica de lanifícios AP, na Covilhã,
disse aquilo que tem dito o primeiro-ministro José Sócrates a propósito do nosso
futuro: "o país precisa de uma política de inovação e qualidade". Mas o candidato
Francisco Louçã disse mais: disse que "Portugal vende tecidos a fábricas de
confecção italianas, que contratam empresas portuguesas para produzirem aqui
e depois esses produtos vão ter a marca made in Italy". Ora aqui está a denúncia
de um negócio que assim tem corrido, desde há dezenas de anos, mas que apenas
alguns, muito poucos, conseguiram alterar, colhendo daí mais vantagens. Note-se
que há umas cinco décadas atrás, Portugal vendia a cortiça em prancha, e depois
importava as rôlhas... Portugal não tinha competências na indústria, e hoje vemos
que continua a padecer dessa desvantagem. O Plano Tecnológico pode ajudar a
superar esse handicap. Mas é bom lembrar que até os empresários menos aptos
(não sabe inglês, não tem uma marca, nada sabe de marketing, etc.), até estes
podem inovar, observando o que está a acontecer... Esqueçam os lanifícios, texteis
e confecções de mão-de-obra barata; inovem, estudem o design, criem marcas,
estabeleçam parcerias ou apresentem-se nas feiras internacionais... mas com
produtos inovadores, caros, mas com qualidade e exclusividade, e, assim, vão
ganhar dinheiro, superar a crise, pagar melhores salários, enriquecer o país...
E não digam que não há mercado (procura) para produtos de alta qualidade.

Os deuses devem estar loucos... Ou serão os homens que endoidaram?
Como pode um deus, um santo ou um anjo, ajudar os homens a guerrear,
matando, saqueando, torturando, destruindo a vida de outros homens?
Não acredito que os deuses tomem partido pela violência, pela guerra...

(Na foto: paramilitares colombianos com a imagem da Virgem de Guadalupe).





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