2005/12/29

 
HÁ VIDA PARA ALEM DA CAMPANHA...
O abrupto "historiador" José Pacheco Pereira escreve hoje no Público sobre
o camauro usado por Beneditus XVI neste Natal, e que levou aos comentários mais
diversos na blogosfera. JPP aviva a nossa memória ao remeter-nos para a pintura
renascentista onde aparece "o veludo e o arminho que nenhum Papa usava desde
os anos sessenta". O "historiador JPP, nesta quadra festiva, abstem-se de comentar
os episódios políticos azedos e fastidiosos. Haja alguem para dar o bom exemplo dos
dos costumes portugueses, que nesta quadra festiva cantam a paz e a concórdia...

O intelectual Eduardo Prado Coelho publicou hoje o segundo folhetim das suas
"Memórias de [Hospital] Santa Maria" para, assim, continuar a responder ao "Caro
Correia de Campos (ministro da Saúde), amigo e camarada". EPC relata na primeira
pessoa a experiência do sujeito que entra de maca num grande corredor hospitalar
e ali permanece ao frio, enquanto não é chamado para ir à faca... Pedem-lhe para
despir a roupa, tirar o relógio, os óculos, "tudo o que pertencia ao mundo" -- porque
a morte pode chegar. Num hospital onde os doentes são "depositados" em grandes
corredores, à espera de vez, tudo pode acontecer: fica mais doente, apanha uma
pneumonia, morre de assombramento... e quando assim não acontece, sabe bem
recordar Nietzsche: o que não mata dá força. (Aguardemos os próximos folhetins).

A Universidade do Minho foi chamada a realizar uma auditoria às causas do
"apagão" na noite das eleições autárquicas de 9 de Outubro, e já apresentou um
relatório com as conclusões. Ao confiar no trabalho da UM, o Governo [MAI e MJ]
deu uma relevância enorme às competências da universidade minhota, que já é
reconhecida a nivel internacional pela sua actividade em investigação e inovação.
Não admira pois que o Ministério Administração Interna e o Ministério da Justiça
tenham já decidido atribuir à UM a supervisão do sistema global de dados durante
as eleições presidenciais de 22 Janeiro de 2006. A Universidade do Minho mostra,
mais uma vez, como é importante o papel activo, dinamizador e inovador que as
Universidades portuguesas podem desempenhar na resolução dos mais variados
problemas que, não raras vezes, se colocam a um país em luta pelo progresso.

PS - Embora haja, na campanha eleitoral, assuntos que merecem ser debatidos
e comentados, o Abrangente vai abster-se de o fazer, até ao início da verdadeira
"campanha eleitoral", que deve começar no início da segunda semana de Janeiro.
A chinfrineira de antena, o desespero de alguns, o oportunismo de outros e a falta
de respeito por todos nós, levam a que nada de essencial seja dito, contribuindo
apenas para criar ódios, gerar azedumes, dividir os portugueses...





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