2005/11/08

 
O novo ayatolah da contra-informação económica no PSD, Miguel Frasquinho,
conseguiu arranjar "cinco razões" para o seu partido votar contra o OE. Tudo isto
resumido por Frasquilho no seguinte: (i) o orçamento ataca o défice... (ii) insiste no
aumento... (iii) teima em fazer crescer... (iv) viola compromissos assumidos... (v)
e revela-se uma oportunidade perdida. Apesar disto, "de início até mereceu alguns
elogios", acrescenta Frasquinho. Depois analisou bem a proposta, ouviu os ministros
e "deu tempo ao Governo para [este] 'emendar' o que o PSD pensa que está mal".
Mas "o Governo teimosamente manteve as posições que assinalámos", desabafa
o deputado Frasquilho. Dantes, no Governo de Santana Lopes, Frasquilho escrevia
umas folhas sobre teoria económica em duas ou tres revistas da especialidade. No
PSD, quem criticava Santana Lopes, era António Macedo, alto funcionário no banco
Goldman Sachs. António Macedo acha que o OE apresentado por José Sócrates, é
credível e transparente nas soluções apresentadas. Mas agora a coqueluche do
PSD para a área económica, é Frasquilho, um jovem com ar de emir, de barbicha
e pêra bem manipulada... Para não se confundir com o evangélico César das Neves.

Na Austrália, o governo de John Howard, está a passar por uma críse devido
às ameaças do terrorismo da Al-Qaeda. Tal como aconteceu em Londres, meses
antes do ataque de 7/07, tambem a esquizofrenia securitária alastrou à população
de Sidney e Melbourne, por causa da campanha movida pelo governo, que a todo
o momento ameaça com possiveis atentados bombistas. Na verdade, não se pode
viver assim, numa grande cidade. Não se pode viver com ameaças constantes de
ataques terroristas. Se há ameaças, compete às autoridades tomar as medidas
que melhor sirvam os cidadãos. Se existem pistas, se há fortes suspeitas, devem
actuar sem alarmismos. Mas é com o mêdo, que se submetem os cidadãos. E lá
virá um dia, que o terror acontece, e ninguem acredita que tenha sido possivel.

A Austrália conheceu hoje a mais vasta operação anti-terrorista da sua história.
Foram presos 17 suspeitos, apreendidas armas de fogo, produtos químicos e
cocktails-molotov, viaturas e dinheiro. Em Sidney e Melburne. Chegou a hora da
verdade para John Howard, que era acusado de mentir, como diziam de Blair.
No meio de tudo, aparece uma testemunha, um português de nome Guilhermino
Marques, que assistiu à mudança ou fuga de armas para outro local, horas antes
da chegada da polícia. Este português de 53 anos, foi militar em Moçambique, e
emigrou para a Austrália. A polícia diz que o seu depoimento foi muito preciso e
útil para seguir a pista dos restantes terroristas. Resta agora aguardarmos pelas
declarações das forças policiais, a fim de avaliarmos a dimensão desta célula
terrorista e vermos se tem a ver com o efeito Iraque, onde as tropas australianas
têm apoiado a ocupação dos exércitos invasores. (Resumo via SMH online).

Enquanto procedem à identificação destes, vou-me preparando para o Ágape
desta noite, em Lisboa, com os amigos de sempre. Num restaurante que agora
reabriu as suas portas, devido às obras do Metro na zona de Alvalade.





<< Página inicial

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Subscrever Mensagens [Atom]