2005/11/16
O actual líder do PSD, Marques Mendes, ao vontar contra o OE na Assembleia
da República, marcou o ínício do fim da sua carreira à frente do maior partido da
oposição. Passa a ser um líder a prazo, por demonstrar falta de honestidade política
e por não ter compreendido a gravidade da crise histórica que o país atravessa. Foi
pena que Marques Mendes não tivesse assumido uma atitude de estadista. Poderia
ter feito "doutrina" e história se tivesse votado o OE; seria a primeira vez que um
partido, na oposição, colocava os interesses nacionais acima dos interesses do seu
grupo. Não esqueçamos que este OE foi avalizado por diversos economistas, fora
da área do PS, e que, em linhas gerais, é o orçamento apropriado à recuperação da
economia e ao controlo e redução do défice. É tempo de os partidos assumirem o
interesse nacional, e porem de parte discursos revanchistas. Este papel deve ser
crítico, mas tambem generosamente imparcial, como se houvesse um pacto de
regime. Só assim os eleitores acreditarão nos políticos que até agora, dizem uma
coisa quando governam, e o contrário dela quando estão na oposição. Retratem-se.
O GRECO-Grupo de Estados contra a Corrupção, está pela segunda vez em
Portugal para avaliar os avanços que têm sido feitos para reduzir a corrupção.
As conclusões ainda não foram apresentadas, mas Portugal continua a não actuar
em muitas áreas do Estado. Notam-se falhas nas directrizes para o "levantamento
das imunidades", no "sistema de confiscação especial", nas "transferências para o
sector privado", no "controlo das incompatibilidades", na "corrupção activa", nas
"suspeitas de branqueamento". Falta clarificar muita coisa. Precisamos ter um
Estado transparente, e que as práticas de boa gestão, onde se incluem os conflitos
de interesses, sejam extensivas ao sector privado, pois a corrupção não poderá
acabar, se apenas estivermos a exigir transparência ao Estado... Trata-se de
criar uma nova mentalidade, uma nova prática na gestão da vida de cada um.
Decorre em Tunes, capital da Tunísia, a Cimeira Mundial da Sociedade da
Informação, destinada a incrementar a utilização da Internet. Não se percebe a
razão por que foi escolhido um país do norte de África, já que, a nivel mundial,
África tem apenas 3 por cento de utilizadores de Internet. Um handicap muito
grande, se pensarmos que os 10 países do G-8, têm 50 por cento de cibernautas.
Outra desvantagem: em África há 26 milhões de telefones fixos, mas 75 por cento
deles estão em 6 países (entre 55)... Claro que os gigantes da indústria já estão
a contornar a falta de linhas telefónicas. Têm uma ideia para vender PCs a cerca
de 100 euros, que terão acesso à Internet por satélite. E quanto ao software, já
pensam em programas de código-fonte aberto, como é o Linux. Mais que controlar
a Internet, a Cimeira de Tunes pode trazer novidades, avanços tecnológicos no
acesso dos portáteis à Internet. Todos os grandes fabricantes estão interessados
em acompanhar as conclusões da Cimeira. Mas o Brasil já leva a dianteira: tem
um programa escolar em 19 estados, com equipamentos de software livre, Linux.
É que, "para o Brasil pagar licença de utilização do Office e do Windows, teria de
exportar 60 sacas de feijão de soja". É muito, mesmo muito dinheiro para pobre.
Hu Jintao antecipa-se a George Bush. Já está em Seoul na Koreia do Sul.
Em Espanha, donde partiu terça-feira, firmou acordos no montante de 1.100
milhões de euros. Espanha vai abrir na China o Instituto Cervantes e, por
troca, aceita a abertura do Colégio Confúcio em Madrid. Troca de culturas.
Entre os 16 acordos bilaterais, consta a realização do "Ano de Espanha" na
China, e esta, por sua vez, realiza um Festival de Artes Chineses em Espanha
em 2007. Espanha poderá, a breve prazo, receber um milhão de turistas
chineses... A Portugal, resta esperar que alguns deles venham até Lisboa.
Hu Jintao, depois de conversar com o seu homólogo Roh Moo-hyun, segue
depois para Busan, onde vai decorrer a Cimeira APEC-Comissão Económica
para Ásia-Pacifico, na presença de George Bush, que fala em democracia e
liberdade religiosa, mas certamente espera vender coisas mais concretas...
da República, marcou o ínício do fim da sua carreira à frente do maior partido da
oposição. Passa a ser um líder a prazo, por demonstrar falta de honestidade política
e por não ter compreendido a gravidade da crise histórica que o país atravessa. Foi
pena que Marques Mendes não tivesse assumido uma atitude de estadista. Poderia
ter feito "doutrina" e história se tivesse votado o OE; seria a primeira vez que um
partido, na oposição, colocava os interesses nacionais acima dos interesses do seu
grupo. Não esqueçamos que este OE foi avalizado por diversos economistas, fora
da área do PS, e que, em linhas gerais, é o orçamento apropriado à recuperação da
economia e ao controlo e redução do défice. É tempo de os partidos assumirem o
interesse nacional, e porem de parte discursos revanchistas. Este papel deve ser
crítico, mas tambem generosamente imparcial, como se houvesse um pacto de
regime. Só assim os eleitores acreditarão nos políticos que até agora, dizem uma
coisa quando governam, e o contrário dela quando estão na oposição. Retratem-se.
O GRECO-Grupo de Estados contra a Corrupção, está pela segunda vez em
Portugal para avaliar os avanços que têm sido feitos para reduzir a corrupção.
As conclusões ainda não foram apresentadas, mas Portugal continua a não actuar
em muitas áreas do Estado. Notam-se falhas nas directrizes para o "levantamento
das imunidades", no "sistema de confiscação especial", nas "transferências para o
sector privado", no "controlo das incompatibilidades", na "corrupção activa", nas
"suspeitas de branqueamento". Falta clarificar muita coisa. Precisamos ter um
Estado transparente, e que as práticas de boa gestão, onde se incluem os conflitos
de interesses, sejam extensivas ao sector privado, pois a corrupção não poderá
acabar, se apenas estivermos a exigir transparência ao Estado... Trata-se de
criar uma nova mentalidade, uma nova prática na gestão da vida de cada um.
Decorre em Tunes, capital da Tunísia, a Cimeira Mundial da Sociedade da
Informação, destinada a incrementar a utilização da Internet. Não se percebe a
razão por que foi escolhido um país do norte de África, já que, a nivel mundial,
África tem apenas 3 por cento de utilizadores de Internet. Um handicap muito
grande, se pensarmos que os 10 países do G-8, têm 50 por cento de cibernautas.
Outra desvantagem: em África há 26 milhões de telefones fixos, mas 75 por cento
deles estão em 6 países (entre 55)... Claro que os gigantes da indústria já estão
a contornar a falta de linhas telefónicas. Têm uma ideia para vender PCs a cerca
de 100 euros, que terão acesso à Internet por satélite. E quanto ao software, já
pensam em programas de código-fonte aberto, como é o Linux. Mais que controlar
a Internet, a Cimeira de Tunes pode trazer novidades, avanços tecnológicos no
acesso dos portáteis à Internet. Todos os grandes fabricantes estão interessados
em acompanhar as conclusões da Cimeira. Mas o Brasil já leva a dianteira: tem
um programa escolar em 19 estados, com equipamentos de software livre, Linux.
É que, "para o Brasil pagar licença de utilização do Office e do Windows, teria de
exportar 60 sacas de feijão de soja". É muito, mesmo muito dinheiro para pobre.
Hu Jintao antecipa-se a George Bush. Já está em Seoul na Koreia do Sul.
Em Espanha, donde partiu terça-feira, firmou acordos no montante de 1.100
milhões de euros. Espanha vai abrir na China o Instituto Cervantes e, por
troca, aceita a abertura do Colégio Confúcio em Madrid. Troca de culturas.
Entre os 16 acordos bilaterais, consta a realização do "Ano de Espanha" na
China, e esta, por sua vez, realiza um Festival de Artes Chineses em Espanha
em 2007. Espanha poderá, a breve prazo, receber um milhão de turistas
chineses... A Portugal, resta esperar que alguns deles venham até Lisboa.
Hu Jintao, depois de conversar com o seu homólogo Roh Moo-hyun, segue
depois para Busan, onde vai decorrer a Cimeira APEC-Comissão Económica
para Ásia-Pacifico, na presença de George Bush, que fala em democracia e
liberdade religiosa, mas certamente espera vender coisas mais concretas...
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