2005/11/29

 
CLAROS/ESCUROS...

Vivemos rodeados pelo absurdo. É natural, pois o mundo é feito de diversos
elementos. O mundo é constituido pela diversidade;se queremos unidade, devemos
procurá-la na diversidade. É inútil procurar a unicidade. Deixemos que as côres do
arco-íris brilhem no firmamento. Se houvesse uma só côr, o mundo seria tristonho.
Se tivessemos um só candidato às presidenciais, seria uma campanha melancólica.
Assim, com quatro candidatos "institucionais", mais o "independente" Alegre e os
"outsiders" do costume, temos uma campanha divertida, cómica, absurda, embora
pobre em ideias e projectos. Mas, se é verdade que quem faz as leis é o Parlamento
e quem governa é o Governo, para quê tanta chinfrineira à volta dos candidatos à
Presidência da República? Não estaremos a exagerar? Não estaremos a esquecer os
reais problemas do país, todos os problemas que tocam a cada um de nós?
Pelo que dizem os candidatos "outsiders", as presidenciais são uma festa circense.
Se os Pereiras (Carmelinda e Garcia), mais o "Vieira 2006" tiverem acesso aos
tempos de antena, que avaliação fará o povo português desta campanha eleitoral?
Não será um espectáculo absurdo? Ou os "EnaPá 2000" vão actuar ao vivo e em
directo para todo o país, tendo como pares de baile a Carmelinda e o Garcia?...

Corvos esvoaçando sobre uma árvore ao fim do dia em Pristina, Kosovo.

"Esqueçam os crucifixos." -- diz o Miguel -- "Na televisão apareceu uma
sala de aula na qual, por cima do quadro, a ladear o crucifixo estavam os retratos
de Salazar e Américo Thomaz. [...] Deve existir uma explicação para isso. Tem de
existir. Só pode." -- remata o Miguel, a finalizar o seu post. (Mais uma situação
absurda. Trinta anos depois de Abril, é um absurdo manter nas salas de aula os
símbolos do fascismo... A menos que uma onda de saudosismo esteja a invadir a
classe dos educandos, motivada pelo filme Goodby Lenine ou pelo revivalismo
kitsh dos símbolos soviéticos, que está a transformar-se num rentável negócio).

As côres do Outono na China... Lago do Oeste, em Hangzhou, província
de Zhejiang. Toda a beleza infinita da biodiversidade... em fim de estação.
Esta imagem foi recolhida ontem e publicada pelo China Daily.





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