2005/10/20

 
Não se sabe por que razão José Pacheco Pereira deixou de escrever sobre a
"batalha de Bagdade" e as "armas de destruição maciça". Muito menos ainda por
que não comenta o OE e não opina sobre as reformas estruturais que o Governo
de José Sócrates está a levar a cabo em Portugal. Será que vai tudo bem? Quem
cala consente... Mas hoje dei com JPP no Público, onde vem falar dos "cavaleiros
do Apocalipse". Até fiquei admirado ao ver o abrupto a escrever sobre temas
esotéricos, ligados ao ocultismo, à advinhação. Só que, depois de ler a crónica do
abencerragem, cheguei à conclusão de aquilo não passava de uma cópia do filme
de Hitchcock, Os Pássaros. Na verdade JPP soube utilizar a boleia do "Cavaleiro
da Peste" para viajar até ao futuro, contando-nos depois as desgraças que viu.
Na sua prospectiva, JPP resume o seguinte: Todos irão pagar caro e sofrer muito
com a "peste" que -- afirma Pereira -- teve origem na capoeira e enorme pocilga
colectiva que são os campos da província chinesa de Guandong. (Haja alguem a
falar do perigo amarelo!). "Os namorados deixarão de beijocar-se", "os estádios
de futebol vão ficar às moscas", "os exércitos e as forças policiais vão ficar fora
de combate" (Acaba-se a guerra!). Tudo isto viu e anuncia ao mundo, JPP. Ele
não se lembra nem tem fé nos homens de ciência; esqueceu-se de Pasteur e de
Alexander Fleming, entre outros. Para o adivinhador, não há salvação possivel.
A tanto não se atreveu Nostradomus. Uma pandemia d'Os Pássaros está em
incubação... Para a combater, a indústria quimico-farmaceutica, está a trabalhar
a todo o vapôr, contribuindo para a acelaração da economia mundial. Pelo menos
as acções dos helvéticos laboratórios Roche estão a subir nas praças europeias...

Na mesma página do Público, ao lado de JPP, está Eduardo Prado Coelho,
a perorar sobre "Tres Mundos", sobre um filme, uma trilogia não sei de quê...
(Isto das trilogias tambem é conversa de esoterismo). O intelectual EPC, depois
de MM Carrilho ter perdido as eleições para a Câmara de Lisboa, parece que
ficou orfão.. Esqueceu a Cultura, seu tema favorito. Agora escreve sobre trilogias.
Fala-nos de Eros (não confundir com o novo carro da Auto-Europa), de Blow Up,
de Um Homem e uma Mulher, sobre o filme A Mão... Mas EPC parece confuso,
quando escreve: "Em Eros há uma cena violenta e explícita de sexualidade. Uma
mulher deitada toca o sexo de um homem. Cena de masturbação. O filme chama-
se A Mão. Basta a mão para que um corpo entre noutro corpo".
(Mas afinal, qual é o filme onde a mulher "deitada toca o sexo de um homem"?)
Recomenda-se a EPC para escrever mais sobre a cultura nos trópicos. Nestas
histórias de sexo não é claravidente. Lembram-se, que há dois anos teve uma
grande polémica com João Bénard da Costa, por não saber explicar o que era
"o orgasmo vertical", referido por EPC numa das suas crónicas?

"A atitude mais correcta, neste momento, é aceitar a inevitabilidade do que
aí vem (o que será, meu Deus!) , de dureza, de corte, aumento de impostos,
desemprego e fraco investimento, e dessa forma evitar qualquer desculpa que
para o ano este Governo possa apresentar" -- Luis Delgado dixit.
(Ufa, mesmo assim esqueceu-se de mencionar "a gripe das aves").

A chegada do Outono é visivel, em Berlim, junto ao rio Spree.





<< Página inicial

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Subscrever Mensagens [Atom]