2005/10/31

 
José Manuel Fernandes, director do Público, vem hoje explicar num extenso
editorial, por que razão só agora pode contestar o que Fátima Felgueiras escreveu
no "Direito de Resposta" enviado para publicação no Público. JMF desmente parte
das afirmações da autarca, afirma que a investigação jornalística prossegue e deixa
mais algumas pistas sobre contactos prévios entre FF e membros do secretariado
do PS através de intermediários. Mais: transcreve escutas telefónicas feitas entre
FF e o juiz conselheiro Almeida Lopes. JMF considera esta investigação jornalística
"um contributo para estabelecer novos padrões éticos na vida pública e política e
resulta de um saudável e responsável exercício de liberdade de informação". Está
assim satisfeito o pedido feito na blogosfera: o Público explicou-se aos seus leitores.

O maior empregador neste país, Belmiro de Azevedo, em entrevista dada ao
Público e RR, apresentou duas ideias fortes, que devem merecer a atenção dos
responsáveis pela pasta da Economia: (i) "[Na área da energia] há um projecto de
que ninguem fala e que é importante: grande parte das emissões de gases de efeito
de estufa que nos vão fazer incumprir o protocolo de Quioto têm origem nos
camiões que andam pelo país a levar combustíveis, algo que poderíamos evitar
em boa parte com um pipeline. E um caminho-de-ferro tradicional mas eficiente,
que nem se quer precisa de andar muito depressa... Não precisamos de TGV,
precisamos é de tres ou quatro boas ligações em bitola europeia". (ii) [Não temos
petróleo], mas temos uma floresta que está a funcionar ao contrário, que dá mais
prejuizos do que receita. Temos de explorar a floresta, limpar a floresta, fazer mais
uma fábrica de papel, fazer serrações e fábricas de móveis, fazer centrais de
energia com base na biomassa dos resíduos florestais. Aí podia-se criar uma
enorme quantidade de emprego, e por cada emprego que se cria na indústria,
criam-se pelo menos dois empregos nos serviços".

Eduardo Prado Coelho é, como a maior parte dos nossos intelectuais, avesso
às novas tecnologias. Hoje conta-nos no Público os tormentos por que passou, só
para acertar o relógio, por mudança da hora. Acertar o relógio de pulso, "foi o
pesadelo mais temido" por EPC. Trata-se de um relógio lindíssimo e inesperado,
"oferta da amiga A. É uma peça Philippe Starck" - confessa Eduardo. Mas como
não sabe lidar com o relógio - que é o último grito da moda - EPC "solicitou o
apoio de uma amiga que faz design", que acabou por dizer que o relógio estava
mal concebido... Depois EPC procurou a ajuda de "um amigo muito hábil em
mecanismos técnicos" que apenas conseguiu adiantar uma hora, quando o que
pretendia era atrasar... E recomendou-lhe: "vá viver para Paris e já não terá
problemas com a hora do relógio... No final, EPC confessa: "Fui à loja onde o
comprei (?) e uma gentil empregada" recomendou-lhe outra loja no mesmo
centro comercial. Mais uma vez EPC foi "atendido por uma funcionária que
após a leitura das instruções, conseguiu o resultado esperado". --"Obrigado
e até para o ano"--agradeceu EPC, que ainda nos confessou o seguinte segredo:
"Está ali a começar uma bela amizade". (Será verdade? É desta que o Eduardo
vai ao altar?... Não será uma pêta, como a do relógio: primeiro diz que lhe foi
oferecido pela amiga A., depois acaba por ir "à loja onde o comprou."!!!).

"Sócrates decidiu corajosa e honestamente não quebrar a sua promessa
eleitoral de que a actual lei do aborto só será alterada depois de passar pelo
voto popular em referendo", escreve Graça Franco no Público. Na blogosfera
vemos alguns blogues pronunciar-se de igual modo, mas é justo dizer que, a
primeira opinião/recado, com este mesmo sentido, foi expresso no Causa-Nossa
por Vital Moreira, no dia 24, faz precisamente uma semana... Tempo suficiente
para ter chegado aos ouvidos do primeiro-ministro -- que assim mostrou bom
senso e levou a direita a aplaudir, pois de outro modo iriamos ter chinfrineira.

O João Tunes estranhou o meu post de ontem (uma pequena parte), onde
refiro que "hoje em dia o mundo é comandado pela força do capital, que gera
crescimento, emprego e estabilidade social e política". O João parece que ainda
teme o capital -- que foi "diabolizado" por todos os marxistas-leninistas. Hoje
vivemos com outros fantasmas, e o capital -- individual ou corporativo, de
pequenas, médias e grandes empresas -- é benquisto por todas as nações.
Não podemos invejar quem promove riqueza, quem tem melhores ideias, como
as que tem Belmiro de Azevedo, e que acima deixo registadas, por preciosas...

...É um ser humano. Natural de Rar Ben, uma cidade de 12 mil habitantes
na parte de Cachemira paquistanesa, arrasada pelo terramoto. Cerca de tres
milhões de pessoas continuam a viver sem meios de subssistência, junto
aos montes Himalaias, quando a chuva, o frio e a neve estão agora a flagelar.





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