2005/10/22

 
Este país está a evoluir, não apenas pelo lado da "banda larga", com a instalação
de acessos à Internet em hot spots ou a modernização da Administração Pública
com portais electrónicos na web, mas tambem no sector da inovação -- área onde
os ciganos estão em progresso. Dantes, o cigano andava de feira em feira, fazendo
negócios com machos e burros, depois do 25 de Abril evoluiram para a venda de
roupas e ténis de contrafacção em locais famosos como a Feira de Carcavelos e a
Feira do Relógio, em Lisboa. Agora estão virados para o ramo imobiliário. Utilizam
uma técnica chantagista, mas inovadora: a imprensa dá-nos conta que, no Algarve,
os ciganos estão a fazer negócios de dezenas de milhar de euros. Escolhem uma boa
urbanização, um condomínio de luxo. Depois segue uma "loira" no seu BMW para
estabelecer contacto. Após firmarem o contrato promessa de compra e venda, dão
sinal de 10 ou 20 mil euros... No dia seguinte, a pretexto de mostrar a casa a uns
familiares, a "loira" pede a chave ao vendedor e depois dirige-se para o condomínio
na companhia do marido mais os seis ou sete filhos, que se lançam vestidos para a
piscina, fazem uma algazarra infernal, berram todos, até que aparece o segurança.
Este chama o vendedor, mas não consegue acalmar os novos "proprietários", a
menos que rescinda o contrato da venda... pagando o sinal a dobrar. Inovação!...

Soldados franceses da 27ª Brigada de Infantaria de Montanha durante
exercícios conjuntos no Kirguistão. A França continua a marcar pontos...


Ainda os estragos do Katrina não estavam reparados quando chegou ao Golfo
do México outra tempestade, depois veio o terramoto no Paquistão, seguido do
pesadelo que é "a gripe das aves", e agora temos o Wilma... Mas em todo este lote
de calamidades, um houve cuja intensidade e tragédia foram mal avaliadas, e está
ainda por resolver e a exigir ajuda da comunidade internacional. Refiro-me ao
terramoto que varreu o norte do Paquistão. Este país, que possui forças armadas
equipadas com mísseis e armas atómicas, aviões de combate e helicópeteros, não
foi capaz de disponibilizar meios suficientes para acudir às vítimas da catrástrofe
que assolou toda a região de Caxemira. Começou por calcular em 4.000 o número
de vítimas, depois apontou para 20, mais tarde para 40, e neste momento já se
aponta para mais de 80.000 mortos, e tres milhões de pessoas sem tecto nem
meios de subsistência. Num tempo de frio, chuva e neve, junto aos Himalaias...

Sobreviventes do terramoto que sacudiu Muzaffarabad, capital da parte
pasquitanesa de Caxemira, aguardam a distribuição de alimentos e agasalhos,
tendo como pano de fundo as neves dos Montes Himalaias. Beleza e desgraça.


A tragédia é de tal dimensão, que o presidente Musharaff, para alem de pedir
ajuda aos EUA e à ONU, solicitou agora ajuda à Nato. Os 26 aliados da Nato já
enviaram para o terreno 1.000 soldados, uma equipa de 100 engenheiros, aviões
e helicópetros para ajudar na construção de alojamentos e entrega de alimentos.
A ONU pede o envio de 450 mil tendas, Musharaff disse à BBC que são precisos
6 biliões de dolares para a reconstrução. A Turquia foi quem mais ajuda ofereceu
até agora: 124 milhões de euros. A vizinha Índia prontificou-se a prestar ajuda
com helicópeteros para distribuir alimentos nas regiões montanhosas, mas em
Islamabad não aceitaram que os helis fossem pilotados por indianos... Inimigos
de guerra de longa data, ainda não alcançaram um clima de confiança mútua.
Entretanto a fome, a doença, a chuva, o frio e a neve atormentam a vida das
populações isoladas junto ao tecto do Mundo, os montes Himalaias...

A solidariedade mundial não acorda para prestar ajuda ao Paquistão.





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