2005/09/22

 
Se os candidatos outsider às eleições autárquicas -- que poderíamos aplidar
de "O Bando dos Quatro" -- conseguirem ser eleitos, é possivel que venhamos ter,
no futuro, cada vez mais candidatos "independentes" a concorrerem às eleições
autárquicas. Se assim acontecer, só é de lamentar que o processo de "mudança"
tenha sido impulsionado por gente como o tenente-coronel Valentim, o Avelino
busca "buracos na lei", o "tio" Isaltino investidor na Suiça, a senhora de Fátima de
Felgueiras... As eleições autárquicas serão cada mais mais disputadas por grupos
de cidadãos, já que os partidos políticos nem sempre conseguem colocar cabeças
de lista conhecidos, probos e respeitados pelos eleitores locais. Acontece que,
para a presidência de uma Câmara, alguns partidos acabam por apresentar um
candidato que vem de longe... Nas Juntas de Freguesias não acontece isso, mas
para dirigente de Câmara ou para a Assembleia Municipal, os partidos apresentam
figuras que não são residentes na autarquia a que se candidatam. Dado o divórcio
que existe entre os políticos e grande parte do eleitorado não militante, é natural
que o "Bando dos Quatro" se torne um ponto de partida, para marcar a mudança.

A Muralha da China na região de Jinshanling a noroeste do país.

A ideia apresentada ontem na AR, por José Sócrates, para implementar no país
o ensino técnico-profissional, merece ser aplaudida. De facto, Portugal precisa de
dar um "futuro" aos jovens que abandonam os estudos prematuramente, por
razões diversas, e em grande parte por não entenderem como é que vão arranjar
trabalho ao fim de 12 anos de estudo, quando a escola não foi capaz de os tornar
aptos para desempenharem funções técnicas na área de mecânica, electrónica,
informática, etc. O nosso ensino é dirigido para o aluno alcançar um curso superior,
mas a maioria dos jovens prefer ter um curso técnico, que os habilite a trabalhar,
a organizar as suas vidas, e a serem independentes dos pais.
Não se espera a reedição do passado, com escolas comerciais, industriais e os liceus.
Mas que é preciso acabar com as causas do insucesso escolar, isso é indiscutível.

O pastor e seu rebanho de gado junto ao Palácio Real, no Afeganistão, onde
decorreram eleições legislativas no domingo. Repare-se nas ruinas do Palácio,
testemunho de 30 anos de guerra civil e quatro de regime taliban. Só destruição.

(Agradeço ao Eduardo Graça a forma aprimorada como apresentou o Abrangente no seu
blogue Absorto, com texto e imagem a propósito das eleições afegãs que aqui registei. O
Absorto é uma boa companhia e merece ser acompanhado diáriamente. Breve e assertivo).





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