2005/09/07

 
O Público de hoje insiste no relato de acusações que estão sendo investigadas pela
PJ sobre os negócios fraudulentos, cometidos por Avelino Ferreira Torres enquanto
presidente da Câmara do Marco de Canavezes. Há que louvar este serviço prestado
pelo Público, ao insistir na denúncia de actos de corrupção e apropriação de fundos,
cometidos por autarcas, empresários ou gestores. Para que as consciências acordem
e o Estado faça valer a lei. A ser verdade, a totalidade das acusações feitas até agora
contra o autarca do Marco, estamos perante o maior abuso de poder, a mais sinistra
e desonesta gestão camarária feita até hoje neste país. O Avelino é uma celebritée .
"No Japão, quando um corrupto é apanhado com a boca na botija, o mais certo é
suicidar-se. Em Portugal, um corrupto pode abrir os telejornais... Em Portugal, a
canalhice é um espectáculo mediático"-- Viriato Soromenho-Marques, cf. Público.

Mais do que isto/é Jesus Cristo...(a Galeria dos Horrores está de volta).

No que toca à defesa dos cidadãos, nunca uma catástrofe natural dividiu tanto
a opinião pública, como tem sido o rasto de destruição deixado pelo furacão Katrina.
Uns acusam George Bush de inépcia e lentidão, como aconteceu aquando do 11-9,
outros afirmam que tudo não passa de uma avaliação subjectiva, e é apenas inveja
por os EUA serem o país mais rico do mundo, a única super-potência. Há quem
chegue a dizer, como alguns dos liberais blasfemos, que ninguem tem o direito de
criticar o país do qual não é natural e muito menos o seu presidente... Raros são
aqueles que se centram na "tragédia humana" que resultou do desastre natural.
O mundo está dividido, como dividida está a América... desde a reeleição de Bush.
Ser anti-Bush, não é ser anti-americano; então metade da América é anti-América.
Todos nós estamos ligados culturalmente aos EUA, por emigração, pela indústria
do cinema, pela fosfórica Coca-Cola, pelo McDonalds, pela Disney World, pela IBM,
pela Microsoft, pela Caterpillar, pela Time, por Alan Poe, Hemingway, Steinbeck.
Mas o mundo é dual, e como os Republicanos são diferentes dos Democratas, se
numa eleição presidencial chega ao poder alguem com a ideia de que não precisa de
ninguem, e que a sua palavra passa a ser "lei internacional", então dá-se a ruptura.

Pelo menos desde 1999 que a FEMA-Federal Emergency Management Agency,
vinha reportando a carência de verbas para reforço dos diques que suportam as
barreiras de protecção a Nova Orleães. Mas os avisos foram esquecidos. Há mesmo
quem acuse George Bush por este ter retirado 44 por centos dos fundos da FEMA
para acudir aos gastos com a guerra do Iraque...
A propósito, o ano passado, Cuba foi assolada pelo tufão Ivan. Mas a salvaguarda
dos cidadãos foi realizada atempadamente. Foram deslocadas cerca de um milhão
e trezentas mil pessoas... Não houve mortos, todos se salvaram. Talvez por que em
Cuba os governantes avaliem com mais respeito a força da Natureza.





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