2005/09/16

 
Nunca fui admirador de Manuel Maria Carrilho. Sempre o vi como oportunista,
falso, hipócrita, manhoso, velhaco. Ontem, durante o debate com o candidato do
PSD, Carmona Rodrigues, na SIC Notícias, mostrou bem o seu carácter de filósofo
maquiavélico. E, no final, mostrou (sem o saber), como é insolente, petulante e mal
educado... Quando Carmona Rodrigues lhe estendeu a mão, à despedida, Carrilho
não teve dignidade nem rectidão, recusando-se a apertar a mão do adversário...
Manuel Maria Carrilho mostrou altivez, arrogância, desprezo pelo outro. Isto em
política é mortal. Mas Carrilho, na sua vaidade, não se apercebe que ao fazer cenas
como esta, está a dar vantagens ao adversário. Carrilho é um "filósofo" que não
tem sabedoria... Tem ideias, tantas como 38.786 caracteres... Mas nenhuma delas
é o bastante para se fazer eleger presidente da Câmara de Lisboa. A ver vamos.
Eu não tenho residência na capital, por isso não votarei nunca Manuel Maria...
O PS tinha gente capaz, para disputar Lisboa. Mas preferiu indicar o "gelatina".

Todos falam em democracia, em direitos humanos, em liberdades e garantias.
Mas o que estamos vivendo, hoje em dia, já pouco tem a ver com o ideal sonhado
e engendrado nos últimos dois séculos. A corrupção e o tráfico de influências
perverteram o sistema democrático; os partidos apoderaram-se do Estado e não
deixam o "cidadão" aceder ao poder; os direitos humanos são negados, quando o
sistema pardidário rejeita a ousadia de alguem se propôr a votos; as garantias
de cada um são anuladas quando um governo decreta medidas de excepção; a
ética na política foi sendo esquecida, levando à prático do "lobby", do tráfico de
influências, à corrupção... Os valores democráticos foram suplantados pelo peso
das decisões económicas; a economia tem uma praxis de ética e de conflito de
interesses superior à partidocracia; o poder político degradou-se em benefício
do poder económico... Trinta anos de democracia, geraram estas inquietações.

Barcelona tem mais beleza... Foi inaugurada hoje a torre Agbar, projecto
do francês Jean Nouvel, com 142 metros de altura. Séde das Águas da Catalunha,
a maior área é reservada a escritórios e parqueamento de carros. Há quem olhe
e veja ali uma figura geométrica fálica... Cada um vê aquilo em que pensa!





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