2005/09/15
Afinal os militares acataram a decisão do Tribunal. Desistiram da manifestação
e reuniram na Casa do Alentejo. Mas insistiram em organizar a sua manif, como se
estivessemos em pleno Prec. E, para concretizarem esta via revolucionária, já têm
uma solução: eles, ficam nos quarteis, e as mulheres fazem a marcha de protesto...
Trata-se de um sofisma, engendrado por gente que, para alcançar os seus fins não
olha a meios. Como qualquer portuguesinho especializado no desenrascanço. Mas o
sofisma já está a ser desmontado, por não ser legal nem exequível a sua realização.
É que, a manifestação, a ser feita, deixaria muitos militares sem representação;
de fora ficavam os solteiros, os viúvos, os separados, os solitários. Isto para além
de não se saber, quem representaria quem? Uma tia, a prima, a irmã ou a sobrinha
poderão representar os militares que não tenham "mulher" notarialmente aceite?
Para alem do mais, seria um acontecimento ridículo, que iria denegrir a imagem de
todos os militares. Então faz algum sentido, os militares mandarem as mulheres
para a guerra, enquanto eles ficam nos quarteis ou em casa a fazer a vez delas?...
O Governo atribuiu a António Vitorino um special assignment para conduzir
e concluir o negócio da Galp com a ENI italiana. Por mais virtuosa que seja, esta
nomeação só agrada à oposição, que lhe permite aumentar o discurso anti-governo,
anti-nomeações, anti-Sócrates.No entanto tambem penso que, António Vitorino,
ex-comissário europeu da Justiça, é pessoa competente e eficaz para alcançar um
acordo entre a Galp e a ENI -- negócio que se arrasta há muitos anos, e que tem
inviabilizado a reestruturação do sector energético em Portugal. António Vitorino
conhece o dossier que levou à inviabilização do negócio entre a Galp, a EDP e a
Gas de Portugal, por não ter sido aceite pelas autoridades de Bruxelas. Tambem
deve conhecer o processo que levou à criação do Mibel. Portanto, a nomeação de
AV para desempenhar esta tarefa, é muito acertada. Só que é feita em paralelo
com a nomeação de Oliveira Martins para o Tribunal de Contas... Assim, ninguem
consegue calar a oposição, quando esta afirma que o Governo continua a nomear
gente do PS para todo os orgãos do Estado português. Pior ainda, quando sabemos
que a sociedade de advogados "Gonçalves Paiva, Castelo Branco e Associados",
da qual AV é sócio, é a consultora da Parpúlica, a empresa que gere as participadas
do Estado. Francamente... isto é dar amendoins à oposição... que não se cala.
GUERRA, TERROR, ÓDIO, DESTRUIÇÃO...
Enquanto as tropas americanas, com o apoio dos militares iraquianos, estão
a arrasar a cidade Al Tafar, como fizeram em Fallujah, a Al-Qaeda toca-lhes as
voltas e ataca em Bagdade. Ontem lançaram 11 bombas e carros armadilhados
na capital, deixando um rasto de destruição e horror: 150 mortos e 200 feridos
registados nos hospitais. Hoje, lançaram mais tres ataques, morrendo 25 civis
e um número indeterminado de feridos. Não se vê fim à vista para este pesadelo.
Entretanto, os constituintes, ao fim de meses de negociações, acabaram ontem
a redacção da Constituição, não informando se o Iraque será um estado federal,
laico ou de raíz corâmica. Tudo parece conduzir a uma guerra civil.
(PS-Ontem não consegui publicar este post, devido a problemas técnicos com o Blogger).
e reuniram na Casa do Alentejo. Mas insistiram em organizar a sua manif, como se
estivessemos em pleno Prec. E, para concretizarem esta via revolucionária, já têm
uma solução: eles, ficam nos quarteis, e as mulheres fazem a marcha de protesto...
Trata-se de um sofisma, engendrado por gente que, para alcançar os seus fins não
olha a meios. Como qualquer portuguesinho especializado no desenrascanço. Mas o
sofisma já está a ser desmontado, por não ser legal nem exequível a sua realização.
É que, a manifestação, a ser feita, deixaria muitos militares sem representação;
de fora ficavam os solteiros, os viúvos, os separados, os solitários. Isto para além
de não se saber, quem representaria quem? Uma tia, a prima, a irmã ou a sobrinha
poderão representar os militares que não tenham "mulher" notarialmente aceite?
Para alem do mais, seria um acontecimento ridículo, que iria denegrir a imagem de
todos os militares. Então faz algum sentido, os militares mandarem as mulheres
para a guerra, enquanto eles ficam nos quarteis ou em casa a fazer a vez delas?...
O Governo atribuiu a António Vitorino um special assignment para conduzir
e concluir o negócio da Galp com a ENI italiana. Por mais virtuosa que seja, esta
nomeação só agrada à oposição, que lhe permite aumentar o discurso anti-governo,
anti-nomeações, anti-Sócrates.No entanto tambem penso que, António Vitorino,
ex-comissário europeu da Justiça, é pessoa competente e eficaz para alcançar um
acordo entre a Galp e a ENI -- negócio que se arrasta há muitos anos, e que tem
inviabilizado a reestruturação do sector energético em Portugal. António Vitorino
conhece o dossier que levou à inviabilização do negócio entre a Galp, a EDP e a
Gas de Portugal, por não ter sido aceite pelas autoridades de Bruxelas. Tambem
deve conhecer o processo que levou à criação do Mibel. Portanto, a nomeação de
AV para desempenhar esta tarefa, é muito acertada. Só que é feita em paralelo
com a nomeação de Oliveira Martins para o Tribunal de Contas... Assim, ninguem
consegue calar a oposição, quando esta afirma que o Governo continua a nomear
gente do PS para todo os orgãos do Estado português. Pior ainda, quando sabemos
que a sociedade de advogados "Gonçalves Paiva, Castelo Branco e Associados",
da qual AV é sócio, é a consultora da Parpúlica, a empresa que gere as participadas
do Estado. Francamente... isto é dar amendoins à oposição... que não se cala.
GUERRA, TERROR, ÓDIO, DESTRUIÇÃO...
Enquanto as tropas americanas, com o apoio dos militares iraquianos, estão
a arrasar a cidade Al Tafar, como fizeram em Fallujah, a Al-Qaeda toca-lhes as
voltas e ataca em Bagdade. Ontem lançaram 11 bombas e carros armadilhados
na capital, deixando um rasto de destruição e horror: 150 mortos e 200 feridos
registados nos hospitais. Hoje, lançaram mais tres ataques, morrendo 25 civis
e um número indeterminado de feridos. Não se vê fim à vista para este pesadelo.
Entretanto, os constituintes, ao fim de meses de negociações, acabaram ontem
a redacção da Constituição, não informando se o Iraque será um estado federal,
laico ou de raíz corâmica. Tudo parece conduzir a uma guerra civil.
(PS-Ontem não consegui publicar este post, devido a problemas técnicos com o Blogger).
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