2005/07/24

 
É isso mesmo. O que isto está a precisar é de uma grande trovoada. Para lavar
as ruas, o ar poluído, as almas, e refrescar o ambiente. Uma boa chuvada, faria bem
ao país, pouparia os bombeiros, revitalizava a terra, e mandava tudo pró galinheiro.
É que, a par da grande seca, padecemos com a chinfrineira causada pelo cacarejo
das aves agoirentas. Era bom que viesse uma chuvada, para molhar as cabecinhas
tontas de alguns agentes da agit-prop. Diz a meteorologia que talvez na terça-feira
o país fique molhado... Precisamos mais do que isso, de chuva a valer, copiosa, sem
parar, durante um a dois dias. Uma valente bátega, para afogar as nossas mágoas.

No tecto do Mundo, em Srinagar, não há seca... Vemos aqui a "ponte", o poney,
o homem, a natureza na sua diversidade. Para sentir a beleza natural da Terra.


No Cabo da Roca, o ar estava húmido, pesado, e havia nuvens baixas, deixando
adivinhar chuva. Já em Oeiras, no Alto da Barra, o ar estava quente, mas húmido.
Lá adiante, quase não se vislumbrava a Torre do Bugio, com o horizonte carregado
e a neblina a encobrir toda a extensão das praias da Costa da Caparica. Só os silos
da ex-EPAC, na Trafaria, estavam visíveis. Até a Ponte 25 de Abril estava indecisa,
ao nosso olhar. Mais à norte, o Padrão dos Descobrimentos, a Torre de Belém e a
Torre dos Pilotos (inclinada, parece a chaminé de um transatlântico), apareciam
pouco nítidas, devido à neblina da tarde. Neste panorama de 180 graus, está firme
o padrão atmosférico de trovoada... Mas nada garante que este meu anseio se vá
concretizar nas próximas horas. Estamos em pleno verão, e a seca vai continuar.

Porque é verão, temos o Festival Internacional de Teatro de Avignon.
Diz-se que faltam textos, critica-se a gestão dos espectáculos. É o cansaço...


Uma trovoada sobre a ilha do Jardim, onde geralmente se abatem as chuvas
antes de chegarem ao Contenente, já seria, para mim, uma alegria. Por saber que
o soba da Madeira, na Festa do Chão da Lagoa, iria enlamear os sapatos no mar de
lama em que se transformaria o seu arraial. Até poderia acabar por se rebolar na
dita, como os hippies no festival de Woodstock... Aliás, isso seria um happening
espontâneo, já que o Alberto, após beber uma dúzia de ponchas, é capaz de tudo.
[E chega, por hoje. Isto, assim, nem parece um blogue; mais parece um "Diário Íntimo". O
mal pega-se. O João, escreve ao estilo nobeliano de Levantado do Chão. O Roncinante, foi
de férias e nem disse vou ali, já venho; só um recadito, a dizer que está farto de os carregar].

Nem com uma coligação de exércitos bem equipados, fomos capazes de calar
o "terrorismo" na altura em que ele ameaçou... Dois anos após a tomada de
Bagdade, pelas tropas invasoras, o "terrorismo" e os seus pregadores expandiu-se,
replicou-se, e cada vez o mundo está menos seguro. Hoje um suicida carregou um
camião tanque, para junto da esquadra de Rashad, perto de Bagdade, e explodiu-se
matando 42 guardas e ferindo mais de 20. Para alem da dor, se todos forem chefes
de família, avaliaremos a extensão destas carnificinas no tecido social iraquiano.





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