2005/07/15

 
Começa a desenhar-se um entendimento quanto à forma de prevenir e acabar
com o terrorismo. A ideia lúcida e clara, adiantada hoje por José Manuel Fernandes,
prova que o "animal político" tinha e tem razão: é preciso dialogar para acabarmos
com o terrorismo, disse em tempos Mário Soares. "Daí que, seja necessário envolver
neste combate os próprios muçulmanos", escreve no seu editorial de hoje JMF. Mas
o jornalista concretiza a sua ideia, dizendo que o combate o terrorismo
"só pode ser
feito com a ajuda dos próprios muçulmanos, e dos sunitas em particular. Cabe-lhes,
por exemplo, reflectir por que razão baniram, a partir do século XII, todas as formas
de reflexão filosófica e teológica para evitar a dissidência e logo depois o seu mundo
entrou em decadência. Cabe-lhes desmistificar o carácter sectário do waabismo,
assim como têm de ser eles a falar contra a violência, o fanatismo. Do seu lado está
a maioria dos crentes, pelo que a voz dos líderes religiosos é decisiva nesta luta".
(Este, é o caminho. O Egípto, a Arábia Saudita, o Paquistão, o Iémen, devem ser
trazidos para o combate contra o terror de amanhã... Através de todos os meios.)


Escrevi aqui no dia 13, contra o "fado português" e todas as formas de lamúria
e tristeza que lhe estão adjacentes. Eis que agora vem o Pedro Bidarra, que se diz
"lisboeta e português", cantar o "fado do milhão de euros". Para ele, o futuro deste
país, está no fado, porque de "sol, praia, vinhos, aparições marianas, gastronomia,
está o mundo cheio". O Bidarra quer vender, por um milhão de euros, a descoberta
feita por José Moças, que vive em Inglaterra, e diz conhecer um espólio de 5.000
registos de Fados que datam de 1904. Parece que nenhuma instituição pública ou
privada se disponibilizou a largar um milhão... mas diz haver um interessado, do
lado de lá do Atlântico. Só que, o João Pinto de Sousa, gostava que os 8.000 registos
de Fado, ficassem em Portugal. --"Alguem pode dispensar um milhão? ", desafia o
Pedro Bidarra. Mas é estranho, uma vez fala de 5.000 outra vez em 8.000; diz
que o José Moças descobriu o espólio, mas aponta o João Pinto, como tendo os
registos do Fado em mão... Será verdade? Não será a história do "fado corrido"?

Por outro lado, na semana em que o Euromilhões atinge um pesado jackpot
de 81 Milhões, somos confrontados com a notícias de que, numa instituição de
solidariedade social, "5 funcionários públicos desviaram um milhão de euros 5".
Até parece que tudo isto tem uma lógica: é feito o desvio de "um milhão de euros"
para poderem comprar, por igual valor, o espólio do nosso Fado, que desde 1904
anda pelas ruas da amargura. Mas como é possivel todas estas coincidências?
Alem disso, verifica-se a possibilidade de parte ou a totalidade do Euromilhões
cair nas mãos de um português; por outro lado, ainda que essa hipótese não venha
a concretizar-se, sempre resta o "montinho dos 5", que ascende a um milhão. Ora,
a realidade é que estes factos nada têm a ver entre si. São apenas casos ao acaso...
Tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto é fado. Acabe-se com o fado chorado.

O 14 de Julho tambem é uma data histórica para o povo iraquiano.
Foi a 14 de Julho de 1958 que a monarquia instituida pelos britânicos
foi derrubada por uma revolução popular. Dez anos depois, a17 de Julho
de 1968, o poder foi tomado pelo Bahas, através de um golpe militar.
...Mas os desfiles de Bagdade nunca tiveram a beleza e a alegria de Paris.





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