2005/06/09

 
Todos conhecemos a crise que o país atravessa. Para superá-la, o Governo está
a tomar medidas drásticas, que todos reconhecemos serem necessárias, mas que
cada um recusa em nome dos direitos adquiridos. Mas, numa situação de falência,
os portugueses teriam que pagar mais e durante muitos mais anos. Vamos aceitar
o mal menor. Assim, enquanto se exige este sacrificio, devemos empenhar-nos em
superar a crise, e não em torpedear e sabotar o esforço que está a ser feito. Nestas
circunstâncias, não posso apoiar a luta de Ilídio Trindade, conforme solicita no
e-mail que recebi hoje. E não aceito por entender que, acima dos interesses de
cada um, deve sempre colocar-se a nossa honestidade profissional, devendo cada
um desempenhar as suas funções com competência, até porque é pago para isso.
Ora, o que o Ilídio Trindade propõe, é um boicote às aulas: "Toca (a campaínha),
entro na sala de aulas, sento-me e digo Bom Dia aos meninos! Depois, mando-os
falar, por exemplo de bola, coisa de que todos gostam. Aguardo que o tempo passe.
Toca (para saída), e até amanhã meninos. Nas avaliações, atribuo notas positivas
a todos. Ninguem vai dar por nada".
Já assim é, agora, por boa parte de alguns professores. Não admira pois, que assim
vá acontecer nos próximos dias. Isto dá razão a alguns encarregados de educação.

Vivemos tempos dificeis, e as dificuldades estão a chegar. Para acabar com a
irresponsabilidade e o "deixa-andar" confessado por alguns funcionários públicos,
o Governo é aplaudido por tomar as medidas anunciadas. Certamente que, nalguns
casos, a tutela terá que rever algumas dessas medidas, para que não aconteçam as
previsões de Sérgio Claudino, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa:
"Receio o aparecimento de uma nova categoria de professores formadores:
docentes oportunistas que, a pretexto de não serem recompensados pelo seu
trabalho e da necessidade de se efectuarem regências, utilizem os estagiários para,
fundamentalmente, assegurarem as aulas das turmas que lhes foram atribuidas".
Por aqui se vê que, o Estado, alem de patrão, deve ser polícia, para zelar pela "coisa
pública". É por isto, e por muitas coisas mais, que os alunos e os encarregados de
educação chegam a acusar os professores, pela falta de aproveitamento escolar.
Não são muitos, os professores com competência, sabedoria e honestidade moral.
Estes dois casos, referem-se a dois níveis de ensino diferentes, mas ajudam-nos
a perceber a situação socio-profissional do meio, numa altura próxima de exames
e num tempo em que o Governo tem uma série de medidas restritivas a tomar.
No caso do estágio dos professores dos ensinos básico e secundário formados nas
universidades "o Governo deve ponderar os passos que vai dar e reagir de forma
sensata" -- como refere Sérgio Claudino, da Faculdade de Letras da U. de Lisboa.

Imagem publicada pelo "Sidney Morning Herald", Austrália, a informar que,
ontem, em Viana do Castelo, norte de Portugal, e no resto do país, mais de 500
bombeiros combateram os incêndios provocados pela vaga de calor e pela seca
prolongada que tem atingido o nosso país. Refira-se que, nesta altura do ano, é
inverno na Austrália, mas nem por isso chove. O governo federal está a tomar
medidas para controlar a abertura de poços e a poupança de água.





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