2005/06/29

 
A presente crise económica, financeira e social que toca a grande parte dos
portugueses, está a mostrar como algumas das instituições criadas para defesa
dos trabalhadores -- e constitucionalmente protegidas -- estão desfasadas no
tempo e como, com a sua actuação, podem levar ao aumento dos conflitos sociais
sem que daí resultem vantagens para os trabalhadores, antes pelo contrário, pois
com a globalização muitas das reivindicações acabam por levar à deslocalização
de fábricas, ao fim da laboração e ao aumento do desemprego nacional. Vem isto
a propósito do que já aqui foi dito, e para realçar o artigo de M Fátima Bonifácio,
Coisas que dão que pensar, publicado hoje no "Público", onde refere exactamente
os casos da Auto Europa e da Ford, que aqui comentei a propósito das negociações
levadas a cabo, com sucesso, pelas CTs e à revelia dos sindicatos. Uma aberração
referida por Fátima Bonifácio é o caso dos "sindicalistas" que vivem apenas para
a actividade sindical... mas que são pagos pela entidade empregadora, sem nada
fazerem de produtivo para a economia nacional. Tal como os partidos que lhes
dão apoio político, os sindicatos não foram capazes de evoluir; pararam no tempo.

Numa Europa unida, onde as velhas querelas, conquistas e dorrotas
deveriam ser esquecidas, vem Sua Magestade lembrar-nos que a força está
do seu lado... Tanto dinheiro desbaratado assim, nestes tempos de crise.


Desejo que os madeirenses sejam poupados ao espectáculo de senilidade que
a velhice de Alberto Jardim irá inevitavelmente dar, se acaso chegar à idade do
galego que agora foi afastado do poder. Fraga chegou ao fim da sua carreira de
político com uma figura senil, sem energia, sem uma chispa de vida. O homem já
era um cadáver adiado, mas agarrou-se ao poder como se este fosse a sua salvação.
Saiu sem honra, sem festa, sem homenagens... até ao dia do seu enterro. Quando se
atinge aquela senilidade, falta o respeito pelos outros e pela função do lugar. Falta
o sentido de humor, o desprendimento pelo efémero: o poder. Como disse Anxon
Quintana, durante a campanha eleitoral, "Fraga sempre viu a Galiza de dentro de
um carro oficial". A esta nota assertiva, respondeu a senilidade de Fraga: "Que se
vá ao carago"... Esta é, a matriz do caudilhismo. Chegou ao fim o franquismo.

Já ninguem tem respeito por si próprio e muito menos pelo seu corpo.
Praia de Zandoorf, Holanda, concurso de tatuagens para o Guiness Book.


ANIVERSÁRIO: Parabens ao Nuno Peralta e ao Leonel Vicente
por terem completado 2 Anos de actividade intensa na blogosfera.





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