2005/06/16

 
Os líderes da União Europeia estão reunidos, a partir desta tarde, em Bruxelas
para decidirem o destino do TCE. O dia de amanhã será destinado à discussão das
finanças públicas da EU. Pelas notícias que vão chegando, sabe-se que o encontro
vai ser atribulado, já que os países que mais têm pago, querem pagar menos. Neste
tempo de incerteza, quando a maior parte dos estados membros se defronta com
índices de desemprego elevados, crescimento económico quase nulo e a principal
fonte de energia - o petróleo - a custar mais do dobro do que custava há tres anos,
torna-se muito dificil chegar a acordo na distribuição dos dinheiros do orçamento.
Difícil para os países mais pobres, que esperam mais, mas tambem para os países
mais ricos, que agora têm menos riqueza e estão a ser penalizados pelos eleitores.
Por mais análises sociológicas que os analistas apresentem, o problema prende-se
fundamentalmente com a crise económica que a Europa (e não só) está a viver.
Se houvesse empregos, crescimento da economia, com baixas taxas de juro e uma
moeda estável, tudo eram rosas!... Mas não vivemos nessa ventura; vivemos uma
crise que toca a todos. E quanto à PAC, que até 2012 não deve ser alterada, temos
que julgá-la despropositada, igual ao "cheque" britânico, uma herança tachteriana.

A guerra da bananas já lá vai... O que se trata, aqui, é de uma passagem de
modelos integrada na semana "Rio Fashion-Moda Primavera-Verão 2006"
que está a decorrer no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Alegria!


Eu aposto no adiamento do TCE, e o falhanço na aprovação do orçamento
plurianual comunitário para 2007-2013. Por causa do choque que inevitavelmente
vai acontecer entre Blair e Chirac. A Inglaterra, 20 anos depois do acordo aceite
para lhe devolver parte do dinheiro, é hoje um dos países mais ricos da UE. Mas
nem por isso quer "reduzir" ou prescindir do "cheque" numa União a 25 países,
alguns com metade do PIB inglês. Tony Blair prefere dar "esmola" aos países com
baixos recursos (em África ou Ásia), mostrando que é magnânimo e rico... Chirac,
por outro lado, tem as contas da PAC aprovadas e aceites até 2012... Não é nada
que não possa ser alterado. Só que a França, sendo um dos países fundadores, está
cansada de "alargamentos" e, mostrou a Chirac que está descontente. Se Chirac
tivesse que ceder na PAC, a troco do "cheque" de Blair, os franceses não aceitariam
esse recuo, já que os agricultores estão à espera dos subsídios. É a crise económica.

VAI UM COPO?...

"Mulheres são como vinho: com o passar dos anos,
enquanto umas refinam o sabor, outras azedam.
As que azedam, é por falta de rolha..."

(Jack Biblot, via Dhuvi-Luvio, Curitiba)





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