2005/06/02

 
O "NEE" holandês foi mais uma vingança contra os seus governantes, do que
própriamente uma rejeição do TC europeu. Aliás, já em França tinhamos verificado
esse fenómeno. No entanto, na Holanda, é mais visivel no eleitorado urbano, que
se queixa de nunca ter sido consultado sobre a UE; foi referido tambem que, com
a entrada no Euro, a Holanda desvalorizou prèviamente a sua moeda, e, depois da
adesão, os preços aumentaram cerca de 10 por cento. Para além disto, já tinham
passado pelo fenómeno eleitoral Liga Pin Fortuim, ao assassínio deste, pouco depois
e, mais recentemente, ao assassínio de Theo Van Gogh. A agravar o medo causado
por estes episódios, correu ainda o boato de que, o TC europeu, proibiria o aborto,
a eutanásia e a venda de marijuana, que a lei holandesa dá como direitos adquiridos.
Ao fim e ao cabo, as desculpas apresentadas para votar NEE, outra coisa não são,
que os fantasmas da crise económica que abala as economias ocidentais. Se a data
do referendo acontecesse em tempo de "vacas gordas", como foram os últimos
anos do final de século, teria sido mais fácil, pois a abundância dava generosidade.
As pessoas, em tempos de crise, são mais exigentes, menos confiantes no futuro.

No meio de tanta crise, ainda há coisas que nos deslumbram... A canadiana
Natalie Glebora, foi eleita "Miss Mundo", num concurso realizado em Bangkok,
capital da Tailândia que, por ser um país com muitos muçulmanos, teve protestos
tumultuosos contra o evento. O curioso é que, as multinacionais produtoras de
produtos de beleza que financiam e mantêm estes eventos, viraram-se para os
países asiáticos e africanos, na busca de novos consumidores. A Max Factor, a
L'Oreal e a Estée Lauder seguem os caminhos da globalização, e arriscam-se a pisar
terrenos proíbidos, como é o caso dos países árabes. Para quando o Afganistão?





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