2005/06/22

 
O aperto que os funcionários públicos estão a sentir, já atingiu os trabalhadores
com carreira nas empresas privadas. Começou há uns quinze anos, quando o novo
mundo das tecnologias chegou ao mercado de trabalho. As empresas modernizaram
a sua gestão, com a aquisição de software e equipamentos, e a reciclagem de parte
dos recursos humanos. Foi um tempo dificil para esses trabalhadores, pois tiveram
de acompanhar a modernização das empresas, vendo-se obrigados a estudar novos
métodos de trabalho e a acompanhar cursos de formação, quantas vezes em regime
pós-laboral. Muitos ficaram pelo caminho, por inaptidão, outros foram dispensados
ou reformados antecipadamente. O "emprego para toda a vida", chegara ao fim...
E para as empresas envolvidas na modernização, tambem foram tempos críticos;
muitas vezes tinham adquirido bom equipamento, mas faltava-lhes o pessoal com
experiência, com o know-how; nalguns casos, a formação foi oferecida a pessoal
com mais de 55 anos, ou mesmo 60 anos de idade, donde o investimento feito não
chegou a ser produtivo, já por que um empregado com aquela idade não consegue
ter a agilidade de um outro com 25/30 anos de idade, já por que, noutros casos,
houve quem não conseguisse "integrar-se" e optou, de seguida, pela pré-reforma.

A onda de protestos dos funcionários públicos, motivada em parte pela perda
de regalias e a suspensão de previlégios, acaba por se enquadrar no movimento
de modernização e de racionalização dos custos, que atingiu os trabalhadores das
empresas privadas a partir de 1990. À data, mais trágicamente: houve lay-offs,
contratos a prazo, salários mais baixos, não entrega dos descontos para a SS por
parte de algumas empresas, uso e abuso dos "recibos verdes", ilegibilidade para
o subsídio de desemprego por descontos não efectuados, trabalho precário sem
direito a férias, assistência médica ou medicamentosa restrita ao SNS, etc.
Não há dúvida que, actualmente, ser funcionário do Estado, é ter um vencimento
mensal razoável, assistência médica única, e a certeza de que a solidez financeira
da "empresa/patrão" não é afectada pelos ciclos de mercado nem de produto,
pelo que o ordenado está garantido. Além disso, nas empresas privadas, para
termos um aumento de ordenado, é preciso merece-lo. Só por bom desempenho.
Conheço alguns funcionários públicos, competentes e dedicados à causa, que se
queixam de fazerem o trabalho de outros... que ora estão ausentes, ora de baixa.
A FP é um mundo complicado. Ressalvo, por isso, que não podemos julgar todos.

Aqui está uma ideia para o "projecto" que Manuel Maria Carrilho tem para
Lisboa, embora ele tenha já 38.760 ideias de caracteres... Roma, segue a moda
de Paris. Este ano disponibiliza praia e piscinas improvisadas nas margens do
rio Tibre que banha a Cidade Eterna. Seria bonito de ver, entre Belem e Santos.


O dia de hoje, em Bruxelas, foi dedicado ao Iraque. Trata-se de uma reunião
entre a UE, os EUA e o Iraque, com vista a "angariar" fundos para a reconstrução
daquele país... Que ironia! O país que é considerado o 4/5º país com as maiores
reservas de petróleo, anda a estender a mão, a pedir donativos, para ajudar na
reconstrução. Quer dizer, a coligação Bush/Blair, invadiu o Iraque, empregou no
terreno 150.000 homens (empregos), "queimou" todo o material de guerra que
era considerado obsoleto, destruiu estradas, cidades, ocupou palácios, escaqueirou
património mundial, e agora vêm pedir aos europeus uma esmolinha.... Afinal,
quem beneficia com a reconstrução? É Dick Chiney e outros com a RKB a vender
refeições ao Pentágono; é a indústria americana, com material de bombeiros, a
reparação de linhas eléctricas, a venda de assistência técnica aos oleodutos, etc.
Onde estão os contratos para as empresas portuguesas, prometidas por Durão
Barroso, após a Cimeira das Lages? Quantas sacas de cimento vai vender a
Cimpor ou a Secil? Contratos para a EDP e PT?... Nicles. Que hipocrisia esta!

Missão cumprida... Fim da "Operação Spear" junto à fronteira da Síria,
onde o exército americano fez estragos. Esta imagem lembra-me o Vietname,
quando os GIs faziam fogo sobre nada, para apresentarem serviço. A guerra
continuada e sem fim, leva os soldados à loucura. Não espanta o que vemos.





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