2005/06/23

 
A GRANDE COMÉDIA NA GREVE DA PSP...

A greve é a última arma a ser utilizada numa luta de carácter sindical.
Não devem os trabalhadores, por isso, abusar da sua utilização e menos ainda
para servir de comédia. Mas é isso que tem vindo a acontecer, e foi isso mesmo
a que assistimos ontem com a greve da PSP. Encenaram um espectáculo para a
comunicação social que mais parecia uma festa de Carnaval do que um protesto
para reivindicar fosse o que fosse. Assistimos ao "funeral" de um agente da PSP,
devidamente acompanhado pelo "padre" que o ia abençoar e rezar pela alma do
infortunado; vimos um polícia de "60 anos" barrigudo e bem anafado, mas com
uns óculos de pitosga in extremis; lemos cartazes a dizer que, um polícia aos 60
anos não pode correr atrás dos ladrões ou dos assaltantes. Enfim, uma enorme
manifestação, que mais parecia a "queima das fitas" do que uma reivindicação.

Para além das justificáveis razões que possam levar os agentes de segurança
a enveredar pela greve, importa anotar o seguinte: a) muitas vezes nos têm dito
que a falta de policiamento, se deve ao facto de muitos agentes estarem ocupados
a desempenhar tarefas burocráticas; b) dizem que um polícia com 60 anos nunca
poderá correr atrás de um delinquente; c) que a maioria dos polícias é aposentado
aos 47/50 anos de idade. De facto há aqui situações bizarras que importa alterar.
Se os polícias forem reformados aos 65 anos de idade, como todos os demais
trabalhadores, o Estado poupa dinheiro (pela produtividade individual) e mantem
a PSP operacional, deslocando os agentes com mais de 45 anos para a rectaguarda,
(nas secretarias, nos serviços burocráticos) e mantem os mais novos em operações
de segurança e vigilância. Assim, os agentes com 50, 60 ou mais anos (quando já
são quase todos barrigudos!), não têm que andar a "correr" atrás dos bandidos...
Quanto à actual forma de aposentação, ela é irrealista em termos de produtividade,
pelo que não se deve manter. Os agentes que agora se reformam aos 47/50 anos,
vão trabalhar em empresas de segurança, ou fazer biscates como vigilantes. Por
isso eles querem continuar a manter este previlégio absurdo, imoral e desonesto.

Condolezza Rice fala aos insurrectos e bombistas do Iraque, enquanto na
rectaguarda ficam George Bush e Tony Blair. Hoje, os insurrectos, responderam
com mais atentados em Bagdade, morrendo 38 pessoas e ferindo mais de 40...
A vida e a morte, naquelas paragens, são a coisa mais banal deste mundo.


Enquanto os países do G-8 se preparam para "perdoar" o remanescente das
dívidas (ou do seu serviço) de alguns países pobres, as ONGs ligadas aos Direitos
Humanos, vêm acusar os países ricos de hipocrisia, afirmando que estes continuam
a vender armas e material de guerra aos países pobres, os quais vão pagar depois
com o mesmo dinheiro que era para pagar as dívidas... É o efeito de Lavoisier...

Depois de abandonar "O caminho para Bagdade", o abrupto J Pacheco Pereira,
vem hoje no "Público" com mais um folhetim semanal, desta feita para mostrar o
que JPP disse há um ano atrás, e que (oh céus!) se está a verificar, segundo opinião
do abrupto. "Eu disse... Eu anotei... Eu escrevi... Eu avisei..." -- escreve o profeta
J Pacheco Pereira, que se julga uma cópia do Bandarra, o Nostradamus português.

Com a chegada do verão e as férias escolares, muitas famílias deslocam-se
para a praia e o campo. Mas há quem prefira a beleza de um grande lago, onde
possa pescar, nadar e remar... O encontro com as origens e a Mãe Natureza.





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