2005/06/06

 
Em tempo de crise, todos se queixam, tudo o que de pior acontece vem à tona
de água através dos lamentos de cada um. Não bastou o queixume dos boticários
por causa dos medicamentos de venda livre; a denúncia dos juizes contra a redução
das suas férias para apenas um mês; a revolução de rua planeada pelos sindicatos
da FP contra a redução de regalias; a candidatura à presidência de autarquias por
"independentes" como o "major" Valentim e o "tio" Isaltino; as justas aflições que
nos chegam da seca e árida planície alentejana; as provocações e epítetos dirigidos
aos comentadores de jornais pelo "pensionista" Alberto Jardim... and so on, e ainda
temos que ouvir o santana lopes que anda por aí, a reclamar do BP os números do
défice à data em que largou de S. Bento... e os habituais trotzquistas e leninistas
que, em vez de assegurarem a manutenção de postos de trabalho, ameaçam com
greves e manifestações de rua... e, pior ainda, até um tal Pinto, jogador de bola,
vem ameaçar que vai para o estrangeiro, já que aqui não tem futuro... Este sujeito,
há uns tres anos, tambem esteve "desempregado"-- numa altura em que o Vale do
Ave enfezava -- e andou a reunir conferências de imprensa, para dizer que estava
no "desemprego"... Mas, o sujeito será mesmo inocente? Ou fez o tirocínio na loja
dos emerrepêpês? É que a criatura, de tempos a tempos, sempre que há uma crise
económica e social, vem para os jornais, em grandes parangonas, lamentar-se, como
se fosse da FP ou costureiro no vale do Ave, dizendo que está no "desemprego" e já
não tem por onde fazer uns biscates. Mas dizem que é casado com uma modelo...
E os jornais, como o "Público", ouvem-no e reservam uma página para se lamentar.

Uns atiram pedras para a água, outros reclamam de tudo e mais alguma
coisa. O efeito é sempre o mesmo: o ruído, a confusão, o cáos... que não permite
a avaliação correcta das prioridades a tomar por quem tem o poder de decidir.





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