2005/06/15

 
Celebrar a morte, é celebrar a vida, dizem os esoteristas. Porque a morte,
dizem, é renovação. Portanto, não devemos permanecer no choro, no lamento e
na dôr provocados pela ausência do que passou. Mas não é fácil esquecer, o que já
já não está, e já foi. Nestes dias,temos assistido à partida de muita gente. Primeiro,
foi o Vasco, logo a seguir foi Cunhal, no mesmo dia, soubemos que o poeta Eugénio
se tinha calado; ontem, foi o Bertholo a deixar cair a paleta; hoje, foi o pioneiro dos
"outdoors" em Portugal, José Carranca Redondo, da Lousã, que abandonou a sua
destilaria do "Licôr Beirão"... Não há dúvida, o "passado" está a passar, fechando
um ciclo geracional. O país continua, com gente mais nova, num mundo diferente.
Que saibam igualar ou superar os que já passaram, em talento e bem-fazer.

Cá dentro e lá por fora, assiste-se à luta contra a pedofilia e à defesa dos direitos
humanos. Cá, o processo Casa Pia, arrasta-se há uns tres anos... mas nos Açores
conseguimos fazer justiça em pouco mais de seis meses. Na Califórnia, o "pop-star"
bacôco, chamado Michael Jackson, livrou-se da cadeia, mas não da desconfiança.
No que toca a "direitos humanos", estamos conversados: é apenas um convénio,
usado pelas grandes potências para ameaçarem ou defenderem os seus interesses
comerciais. Quando os seus mercados estão em risco, ignoram os Direitos Humanos,
e sacodem as reclamações para debaixo do tapete... Uma hipocrisia descarada.

Depois do acordo laboral celebrado há um ano na Auto-Europa, para manter
a laboração possivel, sem despedir, até chegar o novo cabriolet, foi agora a vez do
pessoal da Opel, na Azambuja, se pronunciar em referendo promovido pela sua
Comissão de Trabalhadores, a favor da proposta da Administração. Quem não
gostou, foram os Sindicatos do sector. É curioso verificar, como as CT conseguem
negociar acordos que satisfazem ambas as partes. Talvez seja por as CT terem
membros menos comprometidos com a linha de alguns partidos. Este acordo foi
bom para os trabalhadores, mas tambem para o país, já que grande parte da
produção da Opel (General Motors), se destina à exportação. E, embora a GM
(e a Ford) estejam em grave crise, tendo anunciado o despedimento de 15.000
trabalhadores nos EUA e Europa, a fábrica da Azambuja, poderá assegurar a
montagem de um novo combo, cuja exportação pode atingir os 60 por cento.

Na vizinha Espanha tambem estão aflitos com a seca. Têm as barragens
a 55 por cento, mas nesta altura do ano as consequências já são trágicas.
No sul da Andaluzia, em Crevillent, as represas apresentam total secura...





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