2005/05/20

 
VEMOS, OUVIMOS E LEMOS...
Anda para aí uma maré de gente frustrada com o silêncio do primeiro-ministro.
Sobretudo os comentadores, de Vasco Pulido Valente ao mais recém-chegado da
espécie, não conseguem conformar-se com a contenção de José Sócrates. Compre-
ende-se o seu problema: um primeiro-ministro que não abre a boca, excepto se
tiver alguma coisa para dizer, é um primeiro-ministro menos vulnerável à asneira;
e, sem asneiras do primeiro-ministro, faltam matérias para comentário.
(Miguel Sousa Tavares, no "Público" de hoje, sobre "O silêncio de Sócrates").

O défice de 7 por cento não foi uma surpresa, foi uma repetição do melodrama
de Barroso. [...] A ideia [do PS] é deslocar a "culpa" da "austeridade" de Sócrates
para Santana e Barroso, como antes Barroso o deslocou para Guterres. Suponho
que o PS contém idiotas capazes de pensar, contra o senso e a experiência, que
desta maneira salvam alguns votos. [...] O défice não é uma questão económica
e financeira, corrigida com medidas de retalho e os "sacrifícios" do costume. É um
sintoma de ingovernabilidade do país. Quem não percebe isto não perceba nada.
(Valente, Vasco Pulido, no quarto de página de hoje, no "Público" -- só ele sabe.)

É evidente que os défices desta natureza significam que medididas que os
anteriores Governos tomaram não foram suficientes para combater o défice.
(José Ribeiro e Castro, em declarações ao "Público", adiantando este jornal que
"o CDS pretende pedir uma reunião de trabalho com o primeiro-ministro depois
da divulgação do valor do défice para demonstrar a sua atitude de colaboração
na resolução do problema, que, disse, é um problema do país e não do Governo").

Parte da Antárida à deriva... Icebergue com 788 km2, o tamanho da
ilha de Malta, pode observar-se perto da costa australiana. Este icebergue
saiu da calote polar na área denominada Ross Ice Shelt em Maio de 2000...





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