2005/05/22

 
O assarapantado comentador do "Público", António Barreto, faz hoje o seu
"Retrato da Semana" a pensar numa revolução. Como se isso fosse possivel, nos
dias que correm, com satélites espiões, e-mails filtrados, Echellon à escuta, e a net
a escrutinar. Mas Barreto sonha, deseja uma nova revolução social no país de Abril.
E apresenta uma teoria, com a qual pinta o "Retrato da Semana", baseando-se em
meia dúzia de premissas. No entanto não consegue com elas alcançar um resultado.
Falha no raciocínio, baseado em silogismos baratos. Aliás o retrato da semana que
António Barreto pinta, não passa de uma tela borrada, como eram as de Jackson
Pollock e toda a obra de Andy Wharol, ou não fosse esta feita numa "Factory". Mas
adiante. As premissas de A. Barreto são estas: a) a crise económica é flagrante;
b) a crise financeira é fenomenal; c) a situação social é grave; d) o clima moral e
psicológico é mau; e) a promiscuidade nunca terá sido tão profunda; f) a Igreja
Católica está agonizante; and so on: (as cartas estão viciadas; o tabuleiro de xadrez
está inclinado; a carta de copas mudou de côr; não há sal na cozinha; o pepsodent
sabe mal; o cão do vizinho não ladra; etc., etc.) Isto é "dadaísta", abstruzo, branco
no preto, non-stopping, etc. e tal, mas é por isso mesmo que, o assarapantado
pintor do "Público", António Barreto, embora sonhe com uma nova revolução,
nada consegue concluir das suas premissas; se vamos ter insurreições, desordens
e motins. Porque o "retrato" pintado por Barreto está uma borrada, pior que as
telas de Pollock -- que atirava latas de tinta para uma tela, cuspia-lhe em cima,
esfregava tudo com um pau, pincel ou à mão, e os críticos rendiam-se à sua arte!

Pollock em acção... A sua pintura é uma inspiração para os neuro-caóticos.

"A verdade, todavia, é que parece não haver revolução nem revolta", conclui
António Barreto, acrescentando que isso se deve à não existência de militares à
altura, à Igreja não ter poder social, à 'almofada' da União Europeia, ao euro.
"Não temos, pois, de acordo com as tradições académicas, revolução, revolta ou
insurreição. O pior é que elas são sempre imprevissíveis", acaba por concluir
o académico António Barreto, que tanto se esforçou por encontrar uma saída
para a nova "revolução", chegando a fazer um "check-list" (arrolamento) de
questões para elaborar meia dúzia de premissas, e acabou vencido e gasto pelo
seu inútil trabalho "académico". Este opinador, tal como o Dr. Vasco, vivem
fora deste nosso tempo; ficaram agarrados ao passado, como a lapa se agarra às
rochas, quando é confrontada com a violência do mar, com as ondas da maré.





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