2005/05/12

 
O abrupto José Pacheco Pereira, homem de muitos novelos, observador de
objectos esquisitos e das palavras escritas em sms, utiliza o seu espaço semanal
do "Público" para falar do "Caminho presidencial" de Cavaco Silva. Repare-se no
seu raciocínio arrevesso, nas suas conclusões euclidianas: "Se nas presidenciais
tivermos, como caminham as coisas, Cavaco e Alegre," teremos um confronto
interessante e umas eleições «pregnantes». "Sendo Portugal o que é, - prossegue -
a probabilidade de ser interessante é sempre mais pequena do que o seu contrário,
mas mesmo assim existe". (Profundo e claro raciocínio). Mais adiante, esclarece
JPP: "O PS tem que gerir a não correspondência do «lugar» em que quer ter o
Governo e o «lugar» onde tem que travar o combate presidencial". (O "lugar" de
que fala JPP, só ele sabe onde fica). Mas o abrupto JPP, que parece dedicado às
práticas místicas, chega a dar um conselho a Cavaco Silva: "Só uma coisa pode dar
substância à candidatura de Cavaco: construir a sua candidatura a partir de uma
meditação (!) sobre as ingovernabilidades do sistema político e do papel presidencial
na sua superação". (JPP desconhece que, meditar é não pensar...abstracção total).
Depois de botar ao papel tamanhos pensamentos, JPP entra no vácuo político:
"A tentação do vazio é o pior adversário de Cavaco... Se as coisas correrem muito
mal, alguem acabará por encher esse vazio; se, mesmo assim correrem bem,
Cavaco tem o dilema clássico: [estar] entre o «influente» e o «interveniente».
Este tipo de esquizofrenia política não beneficia nem a Cavaco nem ao país".
(Tudo claro, escuro, irreal. Quando acabei de ler o "Caminho presidencial" que o
abrupto JPP descreveu no "Público", senti-me enganado, confuso, sem norte).

O país precisa de uma profunda desinfestação no sentido de acabar com todos
os parasitas que medram no crime por tráfico de influências, fuga aos impostos e
utilização abusiva dos dinheiros e bens públicos. A investigação que está em curso
por causa do negócios dos sobreiros, mostra que há pessoas sem escrúpulos dentro
da máquina do Estado. Prende-se um deficientes por não pagar, a pronto e na
totalidade, 135 euros, e não se encontram culpados pelos crímes de lesa Estado...
Assim, não é possivel mudar as mentalidades, não é possivel convencer quem paga
os seus impostos, de que o Estado é pessoa de bem, justa e que cuida do que é
de todos nós. Exige-se que seja feita justiça de todos os casos em curso: clubes de
futebol, que não pagam as dívidas e gastam milhões; nas autarquias, onde sejam
conhecidos casos de tráfico de influência; no executivo, sempre que haja suspeitas
como o caso dos sobreiros, ou das compras do sistema de comunicações (SIRESP).

Trovões sobre Kerbala, lugar santo do Iman al-Hussein. Os trovões são
sinal de tempestade, mas no Iraque já ninguem se importa com isso. O que
preocupa todos, é a violência dos ataques suicidas que todos os dias acontece
nas principais cidades. Nas últimas semanas morreram cerca de 300 civis e
ficaram feridos mais de 1.200 pessoas. A violência banalizou-se, relativizou-se
e quase já não tem eco nos "media" internacionais. No Iraque, está a acontecer
o pior do que era de esperar. Até quando ninguem sabe, e a poucos incomoda.





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