2005/04/25

 
O conclave do PP-cds escolheu José Ribeiro e Castro. Começa uma nova era
com o regresso às origens do CDS. Sem purgas nem rancores. Nem o envio pelo
correio da fotografia de Paulo Portas para a séde do PND de Manuel Monteiro.
Mas depois de tudo isto, não é credível que o CDS venha a melhorar o seu score
eleitoral. Posicionado ao centro, e embora se defina democrata-cristão, o partido
mais à direita do nosso sistema parlamentar não tem condições para aumentar a
sua percentagem de eleitores, já que se encontra bloqueado pelo PSD, partido de
quadros e esteio da nossa democracia, capaz de absorver parte do eleitorado do
CDS. Mas tambem não era como partido populista, que o PP-cds poderia brilhar
no espectro partidário. O único espaço que o PP-cds tinha disponível, era á direita,
na área sociológica e política "popular liberal". Com a saída do popular e demagogo
Paulo Portas, o CDS voltou às origens, mas deixa orfãos muitos jovens "turcos" do
consulado Portas que, não tendo ideologia nem ética política, por ali andavam, na
esperança de um dia tomarem as rédeas do partido e dar-lhe um rosto liberal...
Eles aspiram, tendo como exemplo alguns países europeus, à criação de um partido
liberal. E é aí que a nossa direita tem espaço para se organizar. Só lhes falta ideias,
programa, e um líder. Um partido "social liberal" pode aglutinar toda a direita.

Depois do PSD ter corrido com a medíocridade intelectual e política que era
personificada por Santana Lopes; depois de o CDS ter corrido com o populismo
do "Paulinho das Feiras", travestido em pose de Estado com o seu "fato às riscas",
a competência e a responsabilidade voltam a pontuar na democracia partidária.
Por efeito da eleição de José Sócrates como líder do PS, e dos resulltados eleitorais
deste partido em 20 de Fevereiro. A má moeda foi recolhida e tirada de circulação.
As leis do "mercado" funcionaram; houve a rejeição dos plásticos, da madeira lacada,
dos panos crús, dos vidros acrílicos, dos cremes lavander, das imitações baratas. Já
não há "lojas dos 300" em política, e no comércio tiveram que subir a qualidade e os
preços. Em matéria política, o mercado corre a favor da qualidade e da inovação.

Dizem que o "homem do fato às riscas" vai andar por aí, comparecendo na AR
até às eleições autárquicas. Depois irá para os States, fazer não sei o quê, já que o
seu amigo Rumsfeld não poderá fazer muito por ele, na medida em que está muito
pressionado, mais uma vez, por causa dos excessos em Abu Graib e Guantánamo.
Mas talvez arranje uma cunha para West Point, onde o nosso ex-ministro das
tropas poderá estudar as artes de Clawzewitz e aprender a lidar com um morteiro.
Presunção e água benta, cada um toma a que quer. Mas, se é verdade que a
a História não acabou (nem acaba), não quer dizer que os factos passados voltem a
repetir-se. Não pode, porque o tempo e os actores são diferentes. Não acredito
que o "romeiro" queira fazer o percurso de Durão Barroso. As férias passadas no
Qatar (Qatar ou Kwait?), deixaram o peregrino engordar. Quando acabar a "missão"
nos States, voltará ainda mais anafado e com menos cabelos. A aura esfumar-se-á.

EM 25 DE ABRIL DE 1915...

Faz hoje 90 anos que os soldados de Sua Magestade foram chamados para
a frente da batalha em Galipoli, na Turquia, para defesa do estreito de Bósforo
e Dardanelos e posterior tomada de Istambul. Para a frente foram mandados os
ANZAC (Australian and Neo-Zealand Army Corps). Foi a mais trágica batalha de
infanteria. Pelo Império morreram 50 mil, perderam-se 10 mil e 21 mil morreram
de doenças diversas. Do lado turco perderam 250 mil. A efeméride é comemorada
na Nova Zelândia, Austrália e Turquia, onde estiveram o príncipe Carlos, John
Howard (Aus) e Hellen Clark da Nova Zelândia, que citou Timor-Leste no discurso
de circunstância. É a memória viva da destruição em massa de jovens ao serviço
dos interesses imperiais, com séde e comando, à data, em Inglaterra.





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