2005/04/21

 
O conclave do PP-cds, destinado a escolher um novo líder, começa amanhã.
Já não é sem tempo. Passaram dois meses, e o partido do Caldas tem estado em
auto-gestão, por abandono do carismático dirigente, Paulo Portas. Ele que disse
tantas vezes não conhecer o verbo abandonar, fez ainda pior do que aqueles a
quem criticou por tal pecado. Jurou, como condestável sem espada, aquando da
homenagem póstuma a Maggiolo Gouveia; jurou quando defendeu a participação
da GNR no Iraque; jurou aquando da última visita de Rumsfeld a Bruxelas; jurou,
mais uma vez, que não sabia conjugar o verbo abandonar, quando assinou pela
compra de dois submarinos para a Armada; e jurou, quando o bote "Borndiep"
tentou entrar nas águas territoriais, carregado de preservativos e pílulas do dia-
-seguinte. Na AR, como ministro, e referindo-se a Guterres, Paulo Portas disse,
amiudadas vezes, não saber conjugar o verbo abandonar. Tanta vez o disse e
afirmou, que Paulo Portas parecia viver sob juramento divino, a quem não seria
permitido "pecar" pelo simples enunciado do verbo abandonar.
A verdade é que Paulo Portas, por esquecimento ou por não acreditar mais em
santos milagreiros, acabou por pronunciar/cantar/dançar o verbo abandonar,
desistindo de chefiar o PP-cds, renunciando à liderança do partido, largando a
côrte, os vassalos, os escudeiros, os aios e lacaios. Deixou a todos desamparados,
desprotegidos, orfãos. Confirma-se assim, mais uma vez, o aforismo popular:
errar (pecar) é humano. Nos tempos que correm, é bom lembrar esta verdade.

Na pirâmide como na esfera, quem está por cima é quem está melhor.
Aos que estão por baixo, só lhes resta trabalhar mais, e com menos regalias.
De nada vale olharem para cima, para o céu; nem isso lhes é permitido ver.


Grande devoto de Nossa Senhora de Fátima, Paulo Portas, já terá feito o
mea culpa, e começa a inclinar-se outra vez para a devoção à Santinha. Através
da imprensa fiquei a saber que, no dia em que saiu fumo na Capela Sistina,
Paulo Portas foi a Fátima, mas não apenas para penitenciar-se do abandono
do PP-cds. Ao que se diz, convocou um "mini-conclave" para se despedir dos
seus colaboradores partidários. E foi pródigo com todos, oferecendo-lhes um
almoço na tasca da "Tia Alice" -- do melhor que há no país, dizem -- tendo sido
o prato principal "bacalhau gratinado no forno com molho bechamel". Antes da
bacalhauzada com grelos, houve "morcela de arroz", e acabaram num gelado
de natas coberto de chocolate e amêndoa ralada... Não se sabe quais foram
as bebidas, se vinhos ou champanhes. A conta, pelo que dizem, dava bem
para pagar uma refeição a mais de 700 "velhinhos" -- como diria Paulo Portas
nos tempos em que era conhecido como o "Paulinho das Feiras" e prometia
aumento de pensões aos "mais idosos" e aos "ex-combatentes". Promessas...


Na Ásia, as feridas causadas pela ocupação japonesa durante a II Guerra
Mundial, ainda não estão curadas nem esquecidas. O primeiro-ministro do
Japão, Joshiro Koizumi, não tem sabido lidar com esta questão. Na China,
tem havido manifestações contra o Japão por questões históricas. Nesta
imagem, os sul-coreanos manifestam-se contra o Japão, por causa da
soberania das águas que rodeiam a minúscula ilha Dodko, onde se descobriu
petróleo e gas natural em áreas cuja posse é reclamada pelos dois países.





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