2005/04/24

 
António Barreto, que já comeu à mesa do poder quando foi ministro do PS para
a Agricultura, nos "anos da brasa", quando fez a "Lei Barreto" da Reforma Agrária,
na qual procurava conciliar todos os desavindos com a posse da terra, -- Lei que
morreu, por inépcia e inaptidão dos seus pressupostos, e levou ao eclípse político
do autor -- continua a escrever muitas palavras, para dizer coisa pouca. Apenas
para dar aso ao seu complexo de Édipo. Hoje escreve sobre "uma democrática
obscenidade", que é, para ele, a proposta do Governo sobre os cargos dirigentes
da Administração Pública. Barreto sabe que, até nos States, os cargos de "confiança
política" são nomeados pelo presidente em exercício. Mas admitir isso, Barreto não
pode porque, assim, estaria a dar razão a Sócrates. E Barreto, como qualquer pessoa
magoada com a vida, não admite tal coisa. Barreto é sempre do contra. Assim, nesse
estado de alma, Barreto parece, cada vez mais, um "evangelista assarapantado".

Este grande animal, que ainda povoa o nosso planeta, anda solto e feliz
no ambiente em que vive. Muitos humanos, que vivem sorumbáticos por
causa do seu intelecto, não conseguem realizar a sua felicidade devido ao
exagero de dialética; dispam a indumentária e mergulhem no mar da vida.


Vasco Pulido Valente, émulo de António Barreto, tambem é um proscrito.
Já comeu à mesa do poder, no tempo em que mandou numa secretaria de Estado,
salvo erro a da Cultura. A utilidade durou pouco tempo, é verdade, mas o Vasco
nunca mais teve emprego nos orgãos da República, daí que os seus comentários
de "quarto de página" sejam sempre ao nível de "pasquim". Tambem está magoado
e desiludido com a vida. A propósito do que Pulido disse da Casa da Música, escreve
hoje Augusto M. Seabra: "Mesmo sabendo há muito que o inegável estatuto
intelectual de Vasco Pulido Valente tambem configura um caso exponencial de
«inimputabilidade político-intelectual» a sobranceria de Uma Casa Portuguesa,
no Público da outra sexta-feira. Sem comparações de custos, mas como responsa-
bilidade política, lembro-me bem do que foi em Setembro de 1980, no Porto, a
inauguração do Carlos Alberto como Auditório Nacional, e da frase que mais ouvi,
«isto vem mesmo a calhar»: o secretário de Estado da Cultura que procedeu à
abertura à beira de eleições legislativas foi Vasco Pulido Valente".
(Pois é, eles falam, falam... mas é por despeito, raiva, amuo, ressentimento).


Pontes... é o que devemos procurar para nos unir e tornar solidários.
A Ponte 25 de Abril, é um símbolo da Revolução de 1974, mas é tambem
a imagem das distâncias reduzidas pela ligação das duas margens.

VIVA O 25 DE ABRIL! SEMPRE.





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