2005/03/06

 
A TIRANIA DAS CRÍTICAS TEMPORÃS...

Logo que foram conhecidos os nomes dos ministros do Governo Sócrates,
uma caterva de analistas e comentadores rancorosos verteram no papel, nas
rádios, televisões e na blogosfera o seu juizo de valor sendo que, os perdedores
do dia 20 de Fevereiro, são os mais desonestos, mesquinhos, pérfidos e velhacos
nas opiniões expendidas. Compreende-se a razão do seu desdém, o seu estado de
alma, os seus sofismas. Podiam ao menos discutir a estrutura do Governo, mas
isso é uma questão técnica e requere análise independente e criteriosa. Portanto
não servia os interesses egoistas dos analistas manhosos. Daí que tenham preferido
enredar-se no ataque pessoal, na avaliação subjectiva e matreira da personalidade
de cada ministro. É a forma mais directa e desonesta de entrar a matar, semeando
a confusão na esperança das pessoas. Mas a mesquinhez dos homens passa, e o
tempo se encarregará de mostrar, com claridade, o despeito e sobranceria dos
que agora lançam vitupérios sobre um Governo que vai governar e vingar.

Para gáudio dos "media", a passerele das novidades está na rua...

É sina dos "pequenos" viver em constante intriga e difamação. Por isso, quem
quizer seguir em frente, não pode parar para "ouvir" as carpideiras e os "Velhos
do Restelo". A hora é de mudança. O primeiro-ministro José Sócrates precisa
de uma equipa coesa, que se atire aos projectos e resolva os problemas do país.
A opinião de grande parte dos nossos comentadores e o futuro trágico advinhado
por algumas pitonizas da nossa praça vão ficar a carpir, enquanto da parte do
Governo Sócrates se espera acção. De resto, a análise de alguns comentadores
não é coerente e, nalguns casos, serve apenas para satisfação do ego de cada um.

Um dos ministros que mais engulhos causou à direita, é Freitas do Amaral.
Acusam-no de incoerência, de ser contra a Nato e os EUA, etc. Tudo demagogia.
Freitas do Amaral foi o primeiro a governar com o PS; por que não haveria de
continuar agora? Se ele foi enjeitado, corrido e esquecido como fundador do CDS
no último Congresso deste partido, qual a razão por que não haveria de constar
no Governo abrangente de Sócrates? Tem prestígio internacional?... Mas o CDS
só agora é que reparou nessa vantagem? Freitas do Amaral é um democrata --
o PP/cds mudou para Partido Popular e não se sente bem com os verdadeiros
democratas-cristãos -- e uma figura de prestígio internacional. Descansem os
sofredores de George Bush; Putin, Schoereder e Chirac tambem se bateram
contra a guerra do Iraque, e, no entanto, Bush veio agora à Europa, mostrar que
o caso das "armas de destruição maciça" era para esquecer. E a China, e a Índia?
Ou os amigos não se podem criticar e aconselhar mútuamente?

Na blogosfera, o bastião blasfemo, continua a atacar em todas as direcções,
e os seus "liberais" não acreditam em ninguém; liberais, só mesmo os blasfemos.
Repare-se no post de PMF: "Já está... o elenco governativo socrático": "há umas
caras desconhecidas da politiquisse... (atenção ao português! Assim, nem deviam
criticar a ministra da Cultura, e muito menos a ministra da Educação).
No Nonioblog, o Nuno, surge a desdenhar do Governo de Sócrates, apodando o
mesmo de "Novo Queijo Limiano". Para jornalista, chega de subjectividade e
falta de imparcialidade... Os jornalistas parecem incapazes de ser objectivos.
Já os comentadores, com a estirpe de Luis Delgado e Vasco Graça Moura, não
admira que opinem, para "anestesiar" o seu ego... ou favorecer o seu partido.





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