2005/03/15

 
SANTANA LOPES DEU MÚSICA à comunicação social. Ontem vingou-se dos
papparazi, dos tablóides, dos rádios e televisões que sempre correram atrás dele
mendigando uma palavra, colhendo uma foto, respigando uma frase ôca. Vingou-se
daqueles a quem acusou de serem os culpados da sua derrota eleitoral em 20 de
Fevereiro. A atitude de Santana Lopes, embora não seja surpresa, foi bom que
tivesse acontecido no terreno lamacento da comunicação social, porque foi aí que
se desenvolveu o "mito" do Santana Lopes político-invencível, do grande orador,
do jogador nato, do político da nova geração. Santana Lopes, como político, está
reduzido à sua real dimensão: é um "menino-guerreiro", um político medíocre,
um correlativo do "sistema", embora ele, na carta que dirigiu, em nome pessoal,
aos eleitores, em vésperas das eleições, afirmasse que tambem era contra o dito.
Nesta vida, até os caçadores que vão à caça, podem acabar por ser caçados...

Bela imagem da Baviera, onde as temperaturas se mantêm nos 10 graus
negativos. Do céu, nem chegam sinais das estrelas nem da luz solar.


SANTANA LOPES, depois de tudo o que aconteceu, até é digno de compaixão,
como diria Paulo Portas, o ex-ministro das tropas. Santana Lopes fica para a
história como indeciso, empolado e inapto para o cargo de primeiro-ministro.
Foi designado chefe do Governo, ao tempo em que a imprensa "côr-de-rosa"
dava de Santana Lopes uma imagem de sedutor, sempre rodeado de mulheres
disponíveis para lhe dar colo. Depois conseguiu formar Governo, aos solavancos,
e começou a mostrar a sua inaptidão para o cargo que desempenhava. Foi então
que apareceu a comunicação social, aquela que se ocupa das coisas do Estado,
da economia, das finanças e da vida do nosso dia-a-dia... Uma imprensa que
não podia dizer de Santana Lopes o que dantes dizia a imprensa "côr-de-rosa"
sobre o mesmo. Foi o início das "trapalhadas", da tentativa de domesticação
da comunicação social, dos comentários de Marcelo, de José Rodrigues Santos.
Assim acabou o "mito" Santana Lopes. Voltámos à realidade.


Há cerca de um ano, correu na blogosfera, um grito de socôrro para
ajudar o Darfur. Um ano depois, as coisas estão como estavam, a blogosfera
emudeceu... Mas os refugiados continuam a apelar... por satélite!





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