2005/03/10

 
DA ENTREVISTA DE MANUEL CASTELLS ao "Público" de hoje, retenho o
seguinte, quanto a oportunidades que devem existir para projectos de inovação:
a)- "Há duas coisas muito importantes: uma é a criação de um sistema de
verdadeiro capital de risco -- que é diferente de subsídios -- que permita a quem
tem um projecto de inovação tecnológica ou económica transformá-lo numa
empresa sem ter de arriscar a sua vida toda nisso". [...] "Na Finlândia o governo
criou uma empresa pública que depende do Parlamento e que actua como um
capitalista de risco. E que tambem investe em todo o mundo, incluindo em Silicon
Valley, para aprender como se fazem as coisas". [...] "Outro exemplo finlandês
muito importante é o TEKES, um organismo transversal, que identifica os
projectos de inovação de empresas e universidades, que organiza as ligações entre
as empresas e as universidades e que financia projectos em função das prioridades
estratégicas do país. Mas nenhum destes mecanismos serve de nada se não
houver uma mudança da máquina administrativa".

A China milenar, segue o seu caminho em direcção ao futuro, evitando
fazer os erros da nossa era industrial. Tendo falta de petróleo, procura outras
altenativas energéticas, como a eólica, criando uma paisagem de progresso
nas zonas rurais, como esta, onde se nota a pastorícia e as modernas turbinas.


COM A IMPLEMENTAÇÃO DO Governo Electrónico (e-Governo), afirma
Castells, b)- "há ganhos de produtividade do Estado". [...] "Mas há mais. É muito
dificil para uma administração dinamizar a inovação no tecido produtivo se ela
própria não sofrer uma transformação tecnológica, organizativa e cultural". [...]
"Na maioria dos países europeus, sobretudo nos países do Sul, os cidadãos não
confiam na administração -- com ou sem razão, todas as sondagens o confirmam.
Isso é um obstáculo a tudo: ao pagamento de impostos, por exemplo.
A transparência administrativa é fundamental tanto para a gestão como para a
política. A tecnologia não garante a transparência. Mas se há um registo electrónico
de todos os actos, a corrupção ou a má gestão tornam-se mais dificeis".

Manuel Castells é um guru espanhol que foi conselheiro da "Agenda de
Lisboa". Convém estar atento à publicação das suas obras sobre a inovação e
competitividade. Alem disso, a sua visão de modernidade da Europa, dá-lhe
crédito para ser escutado e consultado por Bruxelas e nos meios empresariais.





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