2004/12/02

 
Temos um final de Outono que mais parece de Inverno, mas na blogosfera
vive-se um clima de euforia e optimismo. O ambiente está mais "despoluido",
respira-se mais liberdade, e, nalguns casos, até houve quem mudasse de cara.
É o caso do Jumento, que aderiu à teoria de Gresham e ao "astral" de PSL,
mas continua a fazer uma análise financeira às contas do ministro Bagão Félix.
Os liberais d'A Blasfémia, estão a favor e contra a dissolução da AR, a favor e
contra a aprovação do OE, a favor e contra Cavaco Silva, a favor e contra PSL;
enfim, são ambas as coisas porque escrevem uns para ou outros, pois se trata
de um blogue colectivo. Outro tanto se passa com o Blogame Mucho, mas onde
os conteúdos são mais diversificados e menos "teóricos"; o Besugo tem veia
"queirozeana", um jogo de palavras soberbo, uma trama narrativa recheada de
caviar e jaquinzinhos... É uma torrente, um assombro de verbo e de ideias.
No Causa Nossa, o mais legalista dos blogues, VM pede para que alguem diga
a Luis Delgado", qual é a diferença entre a "demissão do Governo e a dissolução
AR", já que o "comissário da Luso-Mundo" não sabe do que anda a falar... Para
que conste, o Miguel Silva vem mostrar "as coisas como elas são" lembrando
quais "as razões que permitiram a ascenção de Santana ao poder". Devemos
meditar no papel que os media desempenham na criação de "mitos" como PSL.

Em Paris, abriu a Galeria de Arte do Museu do Louvre, após restauro.

Neste momento a questão central era a de saber se o OE iria ou não
ser aprovado. O bom-senso prevaleceu: está assente que o Governo vai executar
essa tarefa, como aliás lhe competia. Se o Orçamento é bom ou mau, não vale
a pena agora discutir isso. O importante, é o país ter um plano orçamental. Logo
após as eleições, serão corrigidos os desvios e as entorses que seja necessário
tratar. Quanto ao futuro, depende apenas do acto eleitoral. É curioso ver que,
após trinta anos de democracia, ainda há alguém a pedir ao PR para intervir no
sentido de se formar um "governo de iniciativa presidencial", como o faz hoje
Sérgio Figueiredo, director do "Jornal de Negócios"... Então e os partidos, nos
quais se apoia o sistema democrático? Ou pensará o referido jornalista que isto
é a Ucrânia, o Paquistão ou a Birmânia? Se as elites não estão nos partidos, é
altura de perguntar: o que foi feito das Fundações destinadas à formação dos
quadros partidários? Não devem os partidos dar formação aos seus militantes?

O vento, o frio e a neve tomaram conta da Praça Vermelha, em Moscovo.















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