2004/12/15

 
O espectáculo de ontem, no Hotel Ritz, por falta de informação, mais
pareceu um divórcio de gays do que qualquer outra coisa. Falava-se de uma
conferência de imprensa, mas afinal não houve perguntas nem respostas. Pelo
"guião" ficamos a saber que os dois sujeitos aceitaram, de comum acordo, o
divórcio, passando a viver em concubinato até 20 de Fevereiro. A partir daquela
data, se as condições o permitirem, voltam a casar em regime de comunhão de
bens... Nada foi dito sobre os filhos maiores e menores, mas consta que, alguns
deles, continuarão a beneficiar da assistência estatal, enquanto outros receberão
indemnizações capazes de lhes assegurar o futuro que os pais não puderam dar.

O espectáculo de ontem, no soberbo Hotel Ritz, proporcionado por Pedro
Santana Lopes e Paulo Portas, foi uma encenação de fim temporada. Nada de
novo esteve em palco, os cenários eram magestosos, mas os artistas pareciam
cansados, sem confiança no papel que desempenhavam, com vestimenta igual
a lembrar os Dupont, e muito pouco atentos ao público assistente. Apenas no
final, após a assinatura na declaração do divórcio, é que se sentiu algum ânimo,
quando Portas abraçou Santana, e lhe terá dito: "Força Pedro! Vai em frente!
Estou contigo!" (Pela linguagem gestual de Portas, percebi que estas eram as
palavras que o mesmo segredou ao ouvido do distraído Pedro Santana Lopes).

Mais uma vez ficou demonstrada a falta de bom-senso e de respeito que
aquela gente tem pelo povo português. Um dia almoçam num restaurante tôpo
de gama, no Monte Estoril, no dia seguinte, alugam umas suites num hotel de
"five stars", o Hotel Ritz. Tudo isto para quê? Propaganda, espectáculo estilo
"Quinta das banalidades", promoção pessoal, egocentrismo -- nada que sirva
o país. E neste circo de Portas e Pedro, entra a comunicação social, que está
sempre pronta para cobrir os eventos mediáticos daqueles senhores, mas que
ontem foi tratada com desprezo pelos "regentes" da côrte. Os media foram
convocados para uma "conferência de imprensa" e acabaram por esperar mais
de meia hora, para afinal assistirem a uma "declaração" de facto consumado.
Houve alguem que ainda fez uma pergunta a Santana Lopes, mas o seu par
"baralhou" os papeis e canetas de Santana, e este acabou por retirar-se mudo
e quedo, conduzido por Portas, para longe dos holofotes das televisões e dos
restantes reporteres ali presentes. Não há dúvida: quem manda lá em casa,
é Paulo Portas. Que sejam felizes, mas não deixem decendentes.







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