2004/12/17
"Dizem os críticos do consumo que o que conta é a intenção. Concordo.
E parece-me que conta mais a intenção de oferecer um Porsche do que a de
oferecer uma coisa 'feita por nós próprios'. Qual é a garantia que temos de os
presentes feitos pelos nossos 'amigos' terem sido feitos com amor? Nenhuma.
Já no caso do Porsche, sabemos que houve amor metido no baralho. Quem o
oferece teve de perder o amor a 150 mil euros para nos agradar. Deixem-se de
fitas e gastem dinheiro. É esse o 'espírito' do Natal".
(in O Inimigo Público, pela Direita Solidária).
A coisa está na moda. Agora, quem quizer ganhar uns milhares de euros,
edita um livro, com um nome sonante, sobre alguem, alguma coisa ou coisa
nenhuma... Pode ser sobre um clube de futebol, um político de carreira notável,
um "professor" comentador de televisão, um dirigente do futebol de massas, etc.
Não interessa o valor do biografado nem tão pouco a qualidade da biografia.
É preciso é que a "oeuvre" se venda bem, em livrarias, bancas de jornais e em
supermercados. Para que as vendas da obra sejam um sucesso, fazem-se uns
convites, marca-se uma "conferência de imprensa", fazem-se autógrafos, etc.
Marketing, é a forma do sucesso, ainda que o sucesso da obra não se traduza
em enriquecimento cultural, ou o biografado tenha algum préstimo em termos
de valor pedagógico, histórico ou documental. Importa é "facturar" e promover
a "escrita" de supermercado. Enquanto isso, muita e rica bibliografia se vai
perdendo, por falta de meios para a compilar e editar, porque este estilo de
escrita não encontra "marketing" nem "sponsors" que nela queiram investir.
O Arco de La Defense, em Paris, nesta época de Natal, encontra-se cheio
de luz e côr, fazendo lembrar uma enorme janela com vista para a cidade.
E parece-me que conta mais a intenção de oferecer um Porsche do que a de
oferecer uma coisa 'feita por nós próprios'. Qual é a garantia que temos de os
presentes feitos pelos nossos 'amigos' terem sido feitos com amor? Nenhuma.
Já no caso do Porsche, sabemos que houve amor metido no baralho. Quem o
oferece teve de perder o amor a 150 mil euros para nos agradar. Deixem-se de
fitas e gastem dinheiro. É esse o 'espírito' do Natal".
(in O Inimigo Público, pela Direita Solidária).
A coisa está na moda. Agora, quem quizer ganhar uns milhares de euros,
edita um livro, com um nome sonante, sobre alguem, alguma coisa ou coisa
nenhuma... Pode ser sobre um clube de futebol, um político de carreira notável,
um "professor" comentador de televisão, um dirigente do futebol de massas, etc.
Não interessa o valor do biografado nem tão pouco a qualidade da biografia.
É preciso é que a "oeuvre" se venda bem, em livrarias, bancas de jornais e em
supermercados. Para que as vendas da obra sejam um sucesso, fazem-se uns
convites, marca-se uma "conferência de imprensa", fazem-se autógrafos, etc.
Marketing, é a forma do sucesso, ainda que o sucesso da obra não se traduza
em enriquecimento cultural, ou o biografado tenha algum préstimo em termos
de valor pedagógico, histórico ou documental. Importa é "facturar" e promover
a "escrita" de supermercado. Enquanto isso, muita e rica bibliografia se vai
perdendo, por falta de meios para a compilar e editar, porque este estilo de
escrita não encontra "marketing" nem "sponsors" que nela queiram investir.
O Arco de La Defense, em Paris, nesta época de Natal, encontra-se cheio
de luz e côr, fazendo lembrar uma enorme janela com vista para a cidade.
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