2004/11/22

 
VEMOS, OUVIMOS E LEMOS..... e cai-nos o queixo de espanto!
"Eis porque nunca mais escreverei uma linha sobre este ex-membro do
Comité Central do PCP. Eis porque nunca mais lhe estenderei a mão".
Quem "decretou" esta "fatwa" contra Domingos Lopes (DL), ex-membro do CC
do PCP, foi o escritor e jornalista Batista Bastos (BB), um homem que chegou a
ser conhecido como um dos intelectuais do PCP. Nos tempos que correm, BB
continua a ter proveito da aura que o PCP lhe deu, mas já há muito tempo que
BB "vendeu a alma ao diabo". Agora até escreve numa "recatada coluna" do
'Jornal de Negócios', onde comentou, "com amena benevolência" a "sumptuosa
entrevista" dada por DL ao jornal à "Capital". Diz BB, que foi com "suave paz
espiritual e infinita curiosidade de espírito" que esquadrinhou "com zelo e
aplicação a longa e medíocre e maçadora entrevista". A estas "estocadas",
respondeu DL no "Público" (de forma contida e moderada). Ontem, foi a vez
de BB desabafar no "Público" (de forma agreste e professoral):"a reconhecida
bondade do meu temperamento, impede-me de troçar da gramática de DL".

Batista Bastos, que sempre cuidou de apresentar-se com uma imagem
distinta, de "suavidade", com o seu "papillon", vem amesquinhar o texto de DL,
por defeito gramatical, esquecendo que, em comunicação, mais importante que
o estilo, é a forma de expressão. De resto, o estilo de BB é, e sempre foi cheio
de arabescos, inflacionado de adjectivos, crú e áspero na linguagem rebuscada.
"O rude sarcasmo" de BB, alterou-lhe "a magnânimidade da [sua] disposição"
perante uma "perfídia" adiantada por DL: "Certo é que ninguem é obrigado a
ser eternamente membro de um partido, mas quem deixar de o ser não deve
ficar tão indisposto com quem entende por consciência continuar membro do
PCP". Perante isto, o "suave" BB perdeu o verniz e as estribeiras de intelectual
"ameno". Considera a frase de DL uma "perfídia", uma "indignidade". Confessa
ainda, que tinha DL como "um bom rapaz", mas que afinal "nele habita uma
atroz e deformada moral" -- pelo que, "nunca mais lhe estenderá a mão"....

Meu Deus, como é vil e mesquinha a condição humana! Um intelectual,
que diz ter "amena benevolência", perde as estribeiras perante a opinião
contrária de quem "presume ser um bom rapaz"! Que falta de serenidade, de
bom-senso, de humildade perante as opiniões alheias! Será isto próprio de um
escritor, de quem se espera lucidez, reflexão profunda e humildade perante os
enganos e fraquezas da condição humana? BB fala de "amena benevolência"
mas, perante o contraditório, procede à boa maneira daqueles que agora vem
criticar. Não admite opiniões contrárias, perde o verniz, bate com o punho na
mesa, aterroriza, barafusta enraivecido, mostra ódio e intolerância...
BB precisa ser tratado, precisa esconjurar os fantasmas do seu passado.

Neste Universo, somos um grão de areia. Em vez de olharmos para
a nossa fragilidade, lutamos uns contra os outros, julgamo-nos muito
poderosos e valentes. Em breve os dias e os anos passam, e muito
de nós não deram se quer pela sua existência... Controlem a raiva!






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