2004/11/10

 
O Governo liderado por Santana Lopes, que até agora tem trabalhado
para a comunicação social, está a sentir que o exercício do poder lhe pode fugir
de um momento para o outro. Lá se vão os novos carros de alta cilindrada,
o emprego dos comissários, o fim da "central de informações", o encerramento
das "secretarias deslocalizadas", o cancelamento das passeatas régias feitas
pelo "conselho de ministros" por vilas e cidades, a desocupação do Forte de
Santo António no Estoril -- ocupado por Santana Lopes, por se achar ao nível do
seu ministro das tropas, que ocupa o Forte de S. Julião da Barra, em Oeiras.
Enfim. Seria bom para o país e para o ambiente, que este Governo se demitisse.
Mas como não o faz, e não é capaz de orientar as Finanças do Estado com
rigôr e isenção, torna-se necessário o seu "abate ao activo político", ainda que
se deva contabilizar as "provisões para perdas extraordinárias do exercício".
Com as contas do actual Orçamento do Estado, o país caminha para o colapso.

Não bastava a discussão que por aí vai, sobre "os princípios morais" que
dizem ter sido a principal causa da re-eleição de George Bush, temos ainda a
lendária figura de Rocco Butiglione, o tôsco comissário das "virtudes" que, por
ser amigo do Papa, há quem defenda que devia continuar na Comissão, para
compensar a falta de "referências ao cristinianismo na Constituição Europeia".
Dentro desta linha de pensamento está o professor da Universidade Católica,
Mário Pinto, a cujo nome já há quem acrescente "Butiglione Português". Se ao
gestor da PT, Miguel Horta e Costa, foi dado o título de Barão, não admira que
a Mário Pinto seja atribuido, não um título de nobreza, mas um cognome tal e
qual, como "Butiglione Português", que caracteriza todos os que defendem a
ideia de que "a mulher serve para ter filhos dentro do matrimónio" e que, para
além disso, tudo é pecado, não podendo haver outras espécies de matrimónio.
(Este assunto é demais para a minha inteligência. Passo a palavra ao amigo
Miguel Silva, que em "A 'naturalidade' do casamento" consegue explicar o que
a mim se torna incompreensivel, não conseguindo eu ter verbo para desmontar
com calma e sabedoria, os argumentos de Mario Pinto -- coisa que o Miguel
consegue fazer de forma brilhante em Viva Espanha).


O Pentágono e o seu aliado Allawy, podiam ter adiado o ataque a Falluja
para depois do Ramadão. Não o fizeram, e já chovem acusações contra os
EUA, afirmando que se trata de uma "batalha de pirro" contra a fé do mundo
muçulmano. No "Asia Times", para alem de focarem a questão da guerra
contra o Islão, acusam ainda o Pentágono de "criar o fantasma" jordano
Al-Zarqawy e Bin Laden, como se esta fôsse uma guerra liderada por alguem
como Napoleão ou Bernard Montgomery... Não, é uma guerra contra o Islão,
afirmam. A América ofende os muçulmanos, nesta altura do Ramadão...



















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