2004/11/15

 
A festa revisionista dos símbolos e logotipos do PPD/psd, que decorreu
em Barcelos em paralelo com a entronização de Santana Lopes, mostrou as
divisões existentes no PSD, bem visíveis nos discursos divergentes, quando não
contraditórios, mas sempre aplaudidos com fervor pelos alegres militantes...
Verificou-se um pouco do que aconteceu no conclave do PP/cds: novas côres e
medidas para a simbologia do partido, nomeação de fieis amigos "santanistas"
para cargos partidários, e dispensa daqueles em cujo curriculo não consta voto
de fidelização a Santana Lopes em congressos anteriores. De fora ficaram, entre
outros, "o nosso major Valentim" [do Apito Dourado] e o autarca de Gaia, Luis
Filipe Menezes, que chegou a pedir a Santana para se lembrar dele mas, pelos
vistos, Santana Lopes não gosta do "autarca chorão". Para choramingar e para
fazer papel de vítima, já basta ele, Pedro Santana Lopes. Nada de imitações...

As festas de Carnaval já estão a ser ensaidas... em Colónia.

É verdade, o primeiro-ministro Santana Lopes, que preside ao Governo
deste país, não foi eleito, não tem legitimidade para o cargo. Do mesmo modo,
Paulo Portas, o actual ministro da Defesa e do Mar, não foi sufragado pelo voto
popular para ocupar o cargo que tem, uma vez que o seu partido não ganhou as
eleições. Foi criada uma coligação pós-eleitoral, e passou a haver uma maioria
parlamentar. É uma verdade, e é constitucionalmente aceite -- mas não deveria
ser assim. As coligações, a fazerem-se, devem ser prèviamente anunciadas,
antes do acto eleitoral. A coligação PSD/PP, foi uma habilidade de antecipação
de Paulo Portas na noite de eleições, que ao verificar a falta de maioria absoluta
de Durão Barroso, ofereceu-se para "casar" o PP com o PSD. Contra natura...
Apesar de tudo isto, e porque a procissão já vai a meio do caminho, não seria
avisado nem inteligente continuarmos a zurzir na mediocridade de Santana
Lopes, acabando por fazer dele um "mártir" aos olhos do eleitorado menos
comprometido. Tenhamos em conta o caso Berlusconi, a campanha de Bush e
a quarta re-eleição de John Howard na Austrália... Não devemos esconder nem
ignorar a "mediocridade" dos que nos governam. Mas tambem não devemos
contribuir para que sejam olhados como "vítimas" -- de cabalas ou da oposição.

Na China festeja-se o fim do Ramadão, com alegria e cara descoberta.
Porque tambem a China é um país de muçulmanos, mas mais tolerantes.








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