2004/11/19

 
Alguns dos nossos "opinion-makers" que escrevem no "Público", nos
últimos tempos, mostram tendência para o desnorte e a falta de bom-senso.
É o caso de Miguel Sousa Tavares (MST), que hoje vem discorrer sobre uma
lei a apresentar pelo Governo, para regulamentar os locais onde não vai ser
permitido fumar. Só que, acaba por falar de tudo e mais alguma coisa, e quase
nada sobre os malefícios do tabaco.... MST mistura alhos com bugalhos. Nunca
me lembro de nada assim... Confunde tabagismo com Prevenção Rodoviária,
Ministro da Saúde com Tabaqueira, "bufaria" com polícias, americanos com
irlandeses, álcool com jeropiga... Passa um atestado de analfabetos aos
não-fumadores, acusa a OMS e organismos dedicados ao estudo das doenças
provocadas pelo consumo do tabaco de fomentarem o terror e de mentirem...

MST chega a dizer que, a ser implementada a lei sobre os locais onde
não será permitido fumar, como sejam os cafés, restaurantes e discotecas, isso
levará à falência muita destas casas que, só "existem" e ajudam os seus donos a
ganhar dinheiro graças, exclusivamente, aos clientes fumadores que lhes dão
fama e proveito... Enfim, uma lamúria estilo "conde Castelo Branco"... Lamento
muito o desnorte de MST. Na verdade, os donos e os trabalhadores da indústria
hoteleira, na maioria dos casos, "pagaria" para que, nos seus estabelecimentos
não fosse permitido fumar. Há pessoas a trabalhar em discotecas e em cafés
que sofrem imenso com o fumo de tabaco inalado durante oito horas de trabalho.
É um crime, uma falta de respeito pelos outros, um atentado contra a saúde
pública. Infelizmente um "toxicodependente" -- seja de tabaco, álcool ou droga --
é incapaz de avaliar o sofrimento que causa aos outros. Porque é um doente, um
dependente, e isso requere tratamento, acarreta despesa ao SNS, aos hospitais.

Custa-me ver MST entrar em labirintos donde não pode sair incólume.
O tabagismo é uma questão de saúde pública mundial. E tambem uma questão
de higiene pessoal. Neste momento, a Organização Mundial de Saúde, trabalha
com quase todos os países, para reduzir os estragos causados pelo tabaco.
O MST sabe que ninguem o vai proibir de fumar -- desde que o faça nos locais
onde não deve; vá fumar para a rua, para a varanda, para o "smoking-room"...
A vida sem "fumos", é mais agradável, mais natural. Poupem os não-fumadores.
Eu fumei High-life, Tip-top, Paris, Português Suave, Sintra, SG, Fortuna (rubio),
Ducados (negro), Dunhill, Camel, Puros, Puritos, King Edward, Monte Cristo....
Por fim Mercator, cujo cheiro irritava os colegas do SG e Marlboro. De um dia
para o outro, acabou-se, deixei de fumar, de cheirar a tabaco (a ureia), consegui
ficar despoluido... Hoje, de fumos, nem cheiro!

A figura exuberante de MST está a definhar. Já apresenta duas caras, i.e.
de um lado, apresenta-se normal, de outro, doente; já quase não consegue abrir
um dos olhos. O seu rosto está desfigurado, os seus modos, a sua linguagem
gestual, mostra como está dependente do cigarro, e não só... Longe vai o tempo
em que vendia saúde, simpatia, vigôr. É bom cuidarmos do nosso "coiro", do
nosso corpo, para termos uma mente saudável, e podermos gozar a vida com
saúde, sem muletas, nem necessidade de "andarmos na farmácia", como quem
vai ao supermercado e traz uma saco cheio de remédios... ainda que sejam
genéricos. Saudáveis, para não alimentarmos a "indústria médica e hospitalar".













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