2004/10/31

 
De regresso. Sem cansaço nem fadigas. O percurso que outrora se fazia
em sete a oito horas, com muitas curvas e contra-curvas, subidas e descidas,
atrapalhado pelos camiões TIR, que ocupavam parte da estrada, faz-se agora
em menos de quatro horas. Com dispensa de manobras diversas, de piscas à
direita ou à esquerda, sempre em quinta velocidade, apenas com as mãos no
volante e atenção às placas de sinalização. É verdade que os automóveis hoje
são mais rápidos, mais seguros e poupados no consumo de combustivel. Tudo
isso contribui para uma viagem cómoda e acelarada. Mas, no meio de tudo isto,
a grande vantagem está no traçado e no piso das vias de comunicação. A Scut
ou A-23 que dá acesso ao planalto da Guarda, é uma das novas auto-estradas
que serve o interior das Beiras -- sempre esquecidas -- e proporciona o acesso
rápido àquela capital de distrito, servindo de ligação para o norte do país e para
Espanha. É uma obra muito importante, não apenas pela sua utilidade pública
mas tambem pela engenharia de pontes, tuneis e movimento de enormes áreas
de terrenos. Viajando por ali, sentimos que o país progrediu muito; logo que
saímos, vemos que ainda há muito por fazer nas vias secundárias. Não chegamos
a sentir que já "estamos ao nível europeu" porque, ao sair da A-23 para as vias
secundárias das Beiras, somos confrontados com as "misérias", as carências e
os atrasos na resolução de outros problemas que afectam grande parte das
populações do interior. Aldeias abandonadas, vilas estagnadas, abastecimento
de águas insuficiente, saneamento básico incompleto, lixos sem tratamento, etc.
Ainda não somos iguais aos demais, mas as coisas melhoraram muito.


Dou-me conta que, à semelhança dos States, por cá tambem se festejam
as bruxas (refiro-me ao Halloween). Os tempos são de incógnitas, não se pode
arriscar uma aposta nisto ou naquilo, pelo que o negócio corre a favor dos novos
adivinhos, magos ou bruxos. Até o Luis Tito aproveitou esta quadra de bruxaria
para entrevistar o nosso primeiro Santana Lopes -- via Central de Informações --
não tendo conseguido o pleno. Parte da entrevista publicada no Tugir, foi cortada
e censurada pelo contraditório da referida Central de Propaganda. Apesar de
tudo, merece ser lida nas entrelinhas, pois o entrevistado falou meio ensonado,
pelo que esqueceu as palavras "criptogâmicas", deixando escapar as ideias
que tem para o país, ou seja o controlo da informação para calar os "sicários"
que o atormentam e lhe roubam o descanso das sestas ao fim da tarde...
Perante tudo isto, eu vou entrar em "meditação transcendental" até ao fim deste
"Halloween", continuando até dia 2 de Novembro, na esperança que as bruxas,
os astros, o "mainstream" anti-guerra e o povo americano consigam votar pela
não re-eleição de George Wallker Bush. É uma tarefa ciclópica, mas enquanto
há vida há esperança, e a minha intuição ainda está calma, serena e confiante.






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