2004/08/29

 
REGRESSADO ao mundo do racional e do absurdo, após duas semanas
vividas no Alentejo das planuras e dos lagos artificiais, procuro agora adaptar-me,
de novo, ao ritmo da vida urbana, já que o justo equilíbrio encontrado na vida do
campo não é coisa que possa ser usufruida vivendo ao ritmo frenético da cidade.

Quero já lamentar a decisão tomada pelo ministro das tropas e do Mar
de "proibir" a entrada do chamado "Barco do Amor(to)" em águas territoriais,
como se o referido barco pudesse colocar em perigo a independência nacional
ou transportasse lixos tóxicos, peste bubónica ou fuel-oil... Mobilizar corvetas,
lanchas costeiras, contra-torpedeiros, draga-minas e submarinos para enfrentar
um barco de "Mulheres na Onda" que se dedicam a aconselhar a pilula... é um
absurdo, uma garotice, um "jogo de batalha naval" para matar o ócio daqueles
que não têm noção da seriedade com que devem lidar com a coisa pública.

O nosso ministro dos problemas do Mar parece estar confuso; nem
em tempo de Jogos Olímpicos consegue ver a diferença entre uma canôa
e um barco de guerra, ainda que este seja um submarino nuclear...







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