2004/07/16

 
Enquanto uma parte da esquerda, sofrida e magoada, vai curando
as suas feridas, outra parte da mesma, começa agora a ver sinais de esperança,
com a definição dos candidatos à liderança do PS. José Sócrates é o candidato
mais bem colocado e com credibilidade para ganhar a corrida ao cargo de
secretário-geral. Outros deverão concorrer até para mostrar que o "unanimismo"
dentro do PS já fez carreira. Mas existe controvérsia,  como não podia deixar
de ser. É o caso dos "históricos", que não querem a "evolução" do partido, o seu "aggiornamento", para enfrentar os desafios políticos do futuro. Manuel Alegre
seria avisado se não tentasse obstruir o caminho dos socialistas mais jovens e
procurasse entender o tempo que passa... pois o futuro constroi-se "para e pelos"
 mais jovens, mas a palavra e o conselho dos velhos (mais sábios), é aceite e
ouvida por aqueles -- desde que se trate de "sapiência" e não de imposição de
ideologias e regras anquilosadas. O antigo não tem futuro, quando luta pela
defesa do passado. A existência é uma roda, e não pára.

Enquanto a esquerda vai lambemdo as suas feridas, o designado
primeiro-ministro, está ciente de que não pode errar. Como não está certo
da matéria estudada, lá vai indo, como caloiro inseguro, apresentando o seu
Governo em folhetins diários ao Presidente da República, sempre na esperança
de que possa passar na prova... e, até agora, tem acertado, nos desideratos,
não só do PR, mas tambem dos empresários e dos políticos ligados à
Coligação. A verdade é que, até agora, Santana Lopes, tem-se revelado uma
autêntica surpresa, não só pela "pose" de estadista, mas sobretudo pelos
ministeriáveis que até agora apresentou. Bagão Félix, António Monteiro,
Alvaro Barreto e António Mexia. Vamos ver se ainda haverá mais surpresas.
Quanto à governância, é imprevisivel qual vai ser o resultado. Esperemos
que o PS, depois do Congresso, possa vigiar a acção do Governo.

Sem água não poderiamos viver. É o elemento mais importante, mais
indispensável para toda a existência deste planeta. É tambem o elemento
onde os humanos se sentem mais perto do ambiente em que nasceram:
o ventre materno. É tempo de gozar a beleza das águas, doces ou salgadas,
no meio das quais podemos alcançar a memória que nos recorde o indelével
toque do ventre em que fomos gerados. É tempo de férias...










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