2004/07/09

 
Acabou-se a expeculação quanto a eleições antecipadas. A coligação
do actual governo vai manter-se, tendo como primeiro-ministro o edil
Pedro Santana Lopes. Será um governo vigiado pelos "barões" do PSD,
com acompanhamento crítico de Jorge Sampaio. A coligação passa a ter
condições para completar a legislatura, e os partidos da oposição vão
amadurecer as suas alternativas. Os agentes económicos deixam de ter
desculpas para não criarem riqueza e os políticos oportunistas perdem
terreno. Daqui a menos de dois anos, os eleitores vão poder escolher
outro governo, se este não tiver correspondido às expectativas.

Por aquela altura, haverá todas as condições para uma alternativa
da esquerda -- que hoje se mostrou ressabiada e azeda com a decisão
tomada pelo Presidente da República. Ferro Rodrigues não se portou
bem, ao dizer o que disse na conferência de imprensa, e muito menos
ao "saltar para fora do barco" numa altura destas. Como não ganhou
com a ajuda presidencial, não quer esperar pelo Congresso do PS em
Novembro. Derrota por derrota, aceita esta, demitindo-se e acusando
Jorge Sampaio, "o seu amigo de longa data", pela infeliz decisão de
não convocar eleições -- sendo ele, FR, o actual mandante do PS.
Eu penso que os próximos 20 meses vão clarificar muita coisa, e os
políticos que agora se perfilam para formar governo, deixarão poucas
saudades aos portugueses, pelo que a oposição deve preparar-se para
estar em condições de ganhar as próximas eleições e governar o país.








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