2004/06/03

 
Pacheco Pereira, um dos apóstolos da "guerra preventiva", editou
mais um folhetim semanal sobre a condução da guerra. Deve ter suado
as estopinhas para produzir semelhante nulidade. Fala de "ecologia
olimpiana", do "traço de antiamericanismo da política europeia", cita
o episódio do cruzador "Belgrano" na guerra das Malvinas, nas "guerras
deixadas imcompletas" e termina com um desejo-profecia: "quando os
carros-bomba rebentarem em Berlim e Paris e desaparecer o 'olimpismo'
a confiança euro-atlântica será penosa e dificil"... Seguem-se novos
folhetins na próxima semana, até que o Iraque seja libertado.


O estranho de toda esta ladaínha de Pacheco em defesa de sua dama,
é querer falar da guerra, como se ele fôsse um general, mas em toda
a sua argumentação Pacheco Pereira deixa transparecer que, tal como
o nosso ministro das tropas, nem se quer fez serviço militar. O que
Pacheco procura não é a verdade, mas a realidade -- a sua realidade
-- que é apenas a projecção dos seus desejos e dos seus pensamentos.
A verdade é simplesmente aquilo que é. A realidade de Pacheco é a
sua interpretação da verdade. Como pode Pacheco falar sobre guerra,
sem citar Clauzewitze? Será que Pacheco conhece "Da Guerra", a obra
prima daquele general? Terá Pacheco estudado as teorias de Clauzewitze?
Não me parece. O que Pacheco pretende, todos nós sabemos o que é.
Ele que faça um pedido a Rumsfeld ou George Bush para um "assigment"
ao serviço do Pentágono, onde poderia teorizar sobre "a condução da
guerra no contexto democrático de alianças internacionais".

Os apóstolos da guerra preventida sabem que não é fácil
sairem airosamente do grande buraco sujo onde se meteram.







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