2004/06/22

 
Enquanto a bola rebola e tudo o mais parece estar em coma profundo,
limito-me a subscrever parte do comentário "Bandeiras" de José Vitor
Malheiros, editado no PÚBLICO de hoje, já que a mim me falta horizonte
para perspectivar qualquer debate alheio ao mundo do futebol.
"
A bandeira apela à mobilização
, à vitória e à fé, mas não apela
a nada daquilo que nos últimos anos se tentou convencer os portugueses
que devia ser a nossa aposta: a criatividade, a inteligência e a
excelência, a educação e a formação, a qualidade e a beleza, o progresso
e o bem-estar. Nem sequer à solidariedade, pois o fervor patriótico
tem uma finalidade especial pela superioridade nacionalista, pela
xenofobia e pelo racismo. A bandeira só define uma solidariedade
depois de definir cuidadosamente a fronteira onde ela se esgota e
se transforma em ódio. A bandeira não apela ao neocórtex mas ao
cérebro primitivo, não apela à arte e à ciência mas à força e ao medo".

Break... to piss. Aliviar a pressão provocada pela cerveja.

É apenas triste que esta energia e esta mobilização não tenham
tradução em nada de realmente importante, algo de que realmente nos
pudéssemos orgulhar. É triste que aquilo em que acreditamos seja
apenas isto em que podemos acreditar sem custo, seja esta mobilização
que em nada nos compromete e nada nos exige senão beber cerveja e
buzinar nas ruas".






<< Página inicial

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Subscrever Mensagens [Atom]