2004/06/15

 
Ainda sobre o "day after" das europeias: não concordo com a análise
feita pelo professor Vital Moreira, onde diz que "Ferro Rodrigues
consolidou naturalmente a sua posição de secretário-geral face aos
opositores internos, tendo praticamente assegurada a sua liderança
até às eleições legislativas de 2006". Eu penso que estas eleições
não se destinavam a referendar Ferro Rodrigues à frente do PS. Neste caso
o deputado socialista António Braga mostra maior lucidez e mais intuição
ao afirmar: "Sabe-se que quem deu a cara nestas eleições foi o professor
Sousa Franco. Esta vitória é dele e de todo o PS e qualquer tentativa
de fazer outra leitura que não esta é precipitada, sendo uma forma de
distorcer os resultados". [...]"Reforçado foi o PS no seu todo e não,
necessáriamente, o secretário-geral".


Ferro Rodrigues e Paulo Pedroso não estão em condições de levar
o PS à vitória. Enquanto o processo Casa Pia não ficar concluido,
não deviam entrar em cena política. Ainda não esquecemos o espectáculo
protagonizado por ambos na AR, quando PP foi libertado da prisão
preventiva. Temos presente os gestos de arruaça e as palavras que
FR proferiu e ficam para a história das obscenidades políticas.
FR e PP deveriam passar para segundo plano, com humildade e com
resignação em vez de quererem voltar à ribalta. Para bem do PS e da
democracia. Não esqueçamos ainda, que é voz corrente, quando se fala
da pedofilia, citar o nome daqueles que, "até fizeram cirurgias
plásticas aos sinais anatómicos, para não serem identificados"...
Um grande partido, como é o PS, não pode nem deve ser representado
por dirigentes sobre os quais recaia a menor dúvida sobre o seu
comportamento cívico e a sua integridade moral.
É quase uma questão de Estado.







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