2004/03/08

 
POR UM PAÍS DE CIDADÃOS SEM DOENÇAS

Só nos faltava esta: mais um partido político, para tratar dos nossos males.
Ainda por cima, trata-se de um espúrio do "Movimento pelo Doente", e que
tem como dirigente um teólogo... Não me parece mal, desde que seja para
consolar as almas, mas para tratar dos assuntos políticos e sociais, já não lhe
vejo capacidade nem condições para se debater num terreno onde se trata
apenas de coisas materiais. De vez em quando, um grupo de iluminados, ou
desiludidos, lembra-se de "parir" um partido. Têm vida efémera, e, ao contrário
daquilo que prometem, nunca resolvem nada. Apenas complicam, servem tão
só para "roubar" votos aos principais partidos. Temos exemplos destes, como
foi o caso do PRD e do PSN. Acabaram por desaparecer, porque lhes faltava a
prática e a teoria ideológica. Sem ideias fortes, sem convicções, sem um bom
programa político, nenhum grupo de pessoas consegue "furar" o sistema.


Estes senhores do movimento "Portugal com saúde", em vez de cuidarem
dos doentes -- para isso estão os médicos e os hospitais -- deviam era cuidar
de manter os sãos. Nesta área é que faz falta um movimento ou um partido,
que venha defender os bons hábitos alimentares, o consumo moderado de
bebidas alcoólicas, a prática de cultura física, do desporto amador, de ambiente
familiar e lúdico sem "fumos", de uma postura perante a vida sem invejas,
sem ódios e sem espírito de guerreiro; a doença, raramente é genética, mas
quase sempre é adquirida. Neste aspecto, era útil que os sociólogos, os
médicos, os nutricionistas e os desportistas fizessem parte da direcção de um
tal partido, que ousasse "correr" pelo "Movimento pela sanidade física e mental
dos portugueses". Acabar-se-iam as "listas de espera", fechar-se-iam hospitais.

A sociedade é assim, um misto de corrente e contra-corrente, uma brisa agora,
um vendaval logo, uma tormenta depois. Faz parte da Natureza. Mas não nos
deixemos iludir com os que aspiram a formar um partido, só porque querem
acabar com as "listas de espera", com as "filas de trânsito", com as obras do IC1,
só porque estas "deram cabo do sistema nervoso de qualquer santo", como
referem os dirigentes do "Doentes". A prática democrática, em Portugal, parece
ainda não ter mostrado a alguns cidadãos portugueses que, para reivindicar e
exigir melhores serviços, não é preciso criar partidos, dividindo mais o espectro
partidário. O que o cidadão eleitor deve fazer, é escolher o partido que melhor
programa político apresente. Mas esta opção, não é feita por todos; uns por
questões ideológicas outros porque não sabem optar. Chega de partidos.


Porque hoje é Dia da Mulher, deixo esta imagem para mostrar que
elas sabem defender causas... ainda que sejam absurdas. Em Santa
Mónica, na Califórnia, este grupo saiu à rua em defesa das raelianas.







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