2004/03/16

 
Na Blogosfera a leitura dos resultados eleitorais em Espanha
é vista de diversos angulos. Para a direita, trata-se de uma cedência ao
terrorismo internacional. Para a esquerda, trata-se do fim da era Aznar, uma
era de arrogância e prepotência, e ainda da recusa por parte do eleitorado
espanhol em alinhar em guerras unilaterais, como é o caso da guerra do Iraque.
À esquerda encontramos ainda, aqueles que submergem na "propaganda"
mediática propalada pelos senhores da guerra e ampliada pelos respectivos
"cruzados": Luis Delgado, J. Pacheco Pereira, J. Manuel Fernandes e mais
alguns rogeiros académicos.

A esquerda, o campo da paz, não pode soçobrar, render-se ao cântico das
sereias que vem do lado direito. O campo da paz não pode nem deve ir atrás
dos sofismas, das falácias e mentiras dos falcões da guerra. Porque isso faz com
que se perca o norte, e se esqueça a questão fundamental que é a seguinte:
o que é que deu origem à cultura do terrorismo islâmico? E como poderemos
nós, encontrar forma de lhe pôr fim?
Com a "propaganda mediática" feita pelos "cruzados", muitos de nós, já não temos presente que, a "jihad" tem origem
na carnificina provocada pelo conflito israelo-palestiniano. O terror, os assaltos,
a destruição de pessoas e bens é, naquela região, o menu de todos os dias. As
imagens de terror já não incomodam, banalizaram-se, tomaram-se até como
modelo para filmes de violência nas "fábricas de sonhos" do cinema americano.

Longe vai o tempo quando se referia que, a América, para Bin Laden, era
o "Grande Satã" que tinha invadido os lugares sagrados do islão. Depois veio
George Bush retribuir o epíteto rotulando alguns países islâmicos de serem
parte do "Eixo do Mal". Bin Laden sempre apontou para a barbaridade dos
recontros mortíferos na Palestina, para a humilhação feita em 1991 com a
Guerra ao Iraque. Mas o Ocidente, a América, nunca teve a coragem de fazer
justiça e acabar com a origem destes ódios, que era acabar com a barbárie
entre Israel e Palestina. E enquanto a carnificina entre estes dois povos --
nem se pode falar em dois países -- não tiver fim, é impossivel combater a
"jihad", o terrorismo islâmico -- que é aquele que se tornou global...

Operários executam trabalhos de soldadura para montagem de uma
estátua gigante destinada a perpetuar a acção dos soldados vietnamitas
durante a batalha de Dien-Bien Phu, que marcou o início da libertação do
Vietname, com a derrota dos francesas, seguida dos americanos em 1975.







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