2004/03/30

 
Hoje o jornalista José Manuel Fernandes, na sua pose de quem não
pode com o queixo -- muito gosta esta gente de posar! -- escreve mais um
editorial no PÚBLICO, desta vez sobre "O ocaso de Chirac", mas sempre pelo
olho do seu "cristal" de "neo-conservador", como é habitual. Mostrando mais
uma vez a sua desonestidade intelectual, JMF destila o seu ódio sobre Chirac
(por este ter votado contra a guerra do Iraque, feita por George Bush), dizendo
que, o grande derrotado das eleições de domingo, não é o Governo de Raffarin,
mas sim e apenas Jacques Chirac. Quer dizer, todos os males da França, são
culpa de Chirac. É a anáise enviezada de JMF, a temer os ventos de mudança.

A revolta dos iraquianos chegou ao sector sul, onde estão acantonadas
as tropas britânicas. O país continua sendo um vespeiro de revoltosos.


Lá pelos "States" as coisas continuam adiadas. Nem as sondagens sobem,
nem as Bolsas deixam de soluçar... Ao fim de tres anos de governo bushiano,
a América está indecisa, mais pobre, mais endividada. Só a China e a Índia
continuam a crescer. A Europa, dependente do "amigo americano", sofre por
tabela. Euro sobrevalorizado, exportações mais caras, petróleo a subir...
Tres anos de Bush colocaram o mundo ocidental num beco donde não é fácil
sair. A economia e os fundos de investimento não gostam de sobressaltos e
menos ainda de "guerras globais". Por isso, até Novembro, tudo se vai manter
na grelha de partida, esperando por melhores dias.

Bush herdou um país com os cofres cheios de dinheiro, resolveu o seu
problema edipiano, mas deixa uma dívida colossal para os americanos
pagarem durante os próximos dez anos.


A George Bush, para uma vitória, falta o "Às de trunfo" do baralho que ele
próprio inventou. Precisa de "caça grossa" para ser re-eleito em Novembro.
Para esse jogo, vai recomeçar tudo de novo, i.e., pelo princípio, pelo Afganistão,
cuja segurança foi entregue à NATO e que tem no comando as tropas alemãs.
Ironia... Bush vai subir a parada do "jackpot", tanto mais que tem 25 milhões
do prémio acumulado, por não ter pago pela prisão de Saddam Hussein.
É bom que os delatores saibam que Roma não paga a traidores. Bush vai ajudar
ainda mais o general Musharraf, um golpista que Bush reverteu em democrata
e no "aliado mais importante", fora do quadro da NATO. A novela da Al-Qaeda
vai continuar, após a sua reorganização como "franchising global".





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