2004/03/04

 
Há dias, tivemos em cena o Avelino, o autarca do Marco, a dar pontapés
na grande área do relvado, mostrando os seus dotes de arruaceiro. Agora,
temos em palco Filipe Menezes, o autarca de Gaia, a propor candidatos ao
PE, em listas do PSD, apontando o nome de Belmiro de Azevedo -- patrão
da SONAE -- e António Mexia, executivo da Petrogal.
Francamente, já vai faltando paciência para ouvir estes políticos de 3ª. Divisão,
que vivem mal com o lugar que ocupam na tabela da classificação. Ou será que
o autarca de Gaia quer pedir algum favor ao empresário mais rico de Portugal?.


O que se está a passar no Iraque é tão relevante para o Ocidente, quanto foi
a trapalhada das ADM que levaram à guerra e à ocupação do Iraque pelos EUA
e pela Inglaterra. Na altura, o disparate era evidente para milhões de pessoas
que contra a guerra se manifestaram, não apenas nas principais cidades
europeias, mas tambem na Ásia, África e Américas.
O resultado está à vista... O poder em Bagdade caiu sem resistência, porque
não havia ADM, não havia Exército nem Força Aérea. Mas o poder destruidor
do invasor, para além de arrasar as cidades, destruiu a vida e os meios de
subsistência de muita gente e fez muitas vítimas, que ainda falta quantificar.

Agora o Iraque está ingovernável. O mundo está mais perigoso, menos seguro.
No Iraque renasceram as divisões tribais, os ódios religiosos. E fala-se da lei
islâmica como fonte de direito... Adivinham-se tempos dificeis, de sofrimento e
desespero para muitos iraquianos. A roda da sorte está a favor dos xiitas, que
contam com a simpatia dos "ayatholahs" do Irão. Tambem, neste caso, assistimos
ao recuo dos reformadores e ao endurecimento dos "mullahs" -- por causa da
ingerência verbal de George Bush. A Palestina, continua a ser sacrificada. Em
nada foi beneficiada pela guerra do Iraque; só e apenas Israel, que tem tido
mãos livres para redesenhar novas fronteiras com o "Muro do Apartheid".

A cruzada bélica de George Bush está sem norte. E vai continuar a esboroar-se.
Entretanto, a instabilidade política vai agravando-se, e, a factura da guerra,
está a chegar a todos nós. Já estamos a pagar o "crude" a mais de 32 dolares
o barril; a economia, aos solavancos; os défices orçamentais, a subir, a subir.
Resta-nos a esperança, até que venha a mudança.
A menos que os "neo-cons" se lembrem de interferir em qualquer lugar, para
provocarem os ódios, e apresentarem razões para mais "Patrotic Acts".





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