2004/03/15

 
1)-O resultado das eleições em Espanha, expressa a consciência dos
eleitores espanhois. Ninguém tem o direito de fazer análises enviezadas,
acusações, juizos de valor. O povo espanhol é esclarecido, sabe escolher, sabe
premiar a honestidade política dos seus dirigentes, mas tambem é capaz de os
punir quando eles vacilam ou mentem (caso "Prestige" e atentado da Al-Qaeda).

2)-As eleições presidênciais na Rússia, foram ganhas por Vladimir Putin numa
contenda onde havia mais cinco concorrentes. Venceu Putin, perdeu a abstenção,
ganhou a Rússia. Para alguns "profetas ocidentais", seria melhor que tivesse
ganho um oligarca corrupto, alguem da "Família Ieltsin" (o tal das ressacas de
Vodka). Mas o povo russo preferiu a segurança, a honestidade, a imagem de
grandeza da Rússia dos Czares. Ganhou a Rússia, a Europa e parte da Ásia.

Mulheres de etnias minoritárias do Vietnam, dançam numa cerimónia para
assinalar os 50 Anos da batalha de Dien-Bien Phu, que haveria de levar à
independência do país e marcou os movimentos de libertação de todo o mundo.


3)-Os "watchdogs" da direita nacional e dos States, estão acabrunhados
com o "cambio" do eleitorado espanhol. E procuram "pistas", fazem simulações,
inventam teorias. Não admitem a derrota daqueles que se "colaram" à guerra
do amigo americano. Falam até da "pista islâmica". Insinuam que os eleitores
espanhois cederam à Al-Qaeda... "Não se pode ceder aos terroristas" -- dizem
eles. Mas quando a Rússia ataca os legionários "mudjahins", oriundos da
Arábia Saudita, do Irão, do Iémen, do Paquistão ou Marrocos, que se acoitam
na Tchetchénia e onde cometem os piores atentados terroristas, os tais
"watchdogs" da direita não se insurgem contra o "terrorismo islâmico". Antes
pelo contrário, acusam a Rússia de os perseguir...

4)-Dizem os apologistas da confrontação e da guerra, que não se pode ceder
nem mostrar fraqueza perante o terrorismo. Mas são incapazes de nos apontar
o caminho que conduza ao fim do terror bombista. Esquecem este princípio:
"as mesmas causas produzem sempre os mesmos efeitos, postas nas mesmas
circunstâncias". Não é pela confrontação, que se alcança a paz. Todos os dias
temos a prova disso, quando assistimos à carnificina israelo-palestiniana...
A luta contra algo (seja o terrorismo), leva sempre ao confronto.
"Não devem ceder nunca", dizem os belicistas. Mas quando acontece algum
atentado, os primeiros a escapulir-se e fugir que nem umas doninhas, são
exactamente os mais poderosos, aqueles que deviam mostrar coragem e
manter-se firmes: os Mercados Financeiros -- metem o rabo entre as pernas
e fogem, covardemente, causando ainda maiores estragos...
"Conversa, é o que eles têm"-- diz o povo. Trela, é o que os "watchdogs"
precisam -- digo eu.







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